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Economia

Sindicato chega a acordo com GM e encerra greve em montadoras de Detroit

O acordo ocorre após pactos parecidos terem sido alcançados nos últimos dias com a Ford Motor e com a Stellantis

Linha de produção da GM (Foto: Divulgação)
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(Reuters) - A General Motors e o sindicato United Auto Workers (UAW) chegaram nesta segunda-feira a um acordo prévio, encerrando uma campanha sem precedentes de seis semanas de greves coordenadas, que resultou em aumentos salariais recordes para os trabalhadores das três grandes montadoras conhecidas como “Detroit Three”.

O acordo ocorre após pactos parecidos terem sido alcançados nos últimos dias com a Ford Motor e com a Stellantis, resultando em vitórias significativas para os metalúrgicos após anos de salários estagnados e dolorosas concessões feitas após a crise financeira de 2008.

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“Acreditamos sinceramente que nossa greve tirou até o último centavo da General Motors”, afirmou o presidente do sindicato, Shawn Fain, em vídeo. “Eles nos subestimaram. Eles te subestimaram.”

O sindicato suspendeu oficialmente sua greve contra as montadoras. Os líderes locais do sindicato irão a Detroit na sexta-feira para conversar sobre o acordo com a GM, antes de levarem os termos aos trabalhadores sindicalizados para ratificação.

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“Esperamos ter todos de volta ao trabalho em todas as nossas operações”, afirmou a CEO da GM, Mary Barra.

Os novos contratos aumentarão significativamente os custos para as montadoras. As empresas e alguns analistas afirmaram que os acordos dificultam o trabalho das três empresas de competir com a líder em carros elétricos Tesla e marcas estrangeiras não sindicalizadas, como a Toyota Motor.

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O United Auto Workers obteve da GM praticamente o mesmo pacote de aumentos acordado com as outras duas montadoras. O salário dos trabalhadores veteranos subirá 33%, e a GM dará 2.500 dólares em cinco pagamentos para os aposentados até 2028.

Fain afirmou que a decisão do sindicato, no sábado, de realizar uma greve em uma importante fábrica de motores da GM em Spring Hill, no Tennessee, “foi o golpe decisivo” que resultou no acordo.

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A negociação reverte anos de esforços da GM para criar grupos menos remunerados em fábricas de componentes, armazéns de peças e operações de baterias para veículos elétricos. Ela também coloca os trabalhadores na joint venture de baterias com a sul-coreana LG Energy.

De acordo com Fain, alguns trabalhadores nas fábricas de componentes da GM ganharão aumentos de até 89%.

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O sindicato também obteve mais influência sobre as decisões de investimento da empresa, garantindo o direito de greve quanto a eventuais fechamentos de fábricas no futuro.

As três empresas afirmaram que não planejam fechar as atuais fábricas enquanto mudam de foco para os veículos elétricos. Ainda assim, o acordo as força a manter fábricas não lucrativas funcionando durante uma recessão ou um período ruim nas vendas.

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A série de greves foi iniciada em 15 de setembro, e quase 50 mil funcionários, dos aproximadamente 150 mil membros do sindicato nas três empresas, aderiram à paralisação. A estratégia custou bilhões de dólares ao trio e aos seus fornecedores.

O acordo custará à GM 7 bilhões de dólares nos próximos 4,5 anos, disseram duas fontes à Reuters. A Ford disse, na semana passada, que aumentará os preços de seus veículos em 850 a 900 dólares em razão dos aumentos.

(Reportagem de David Shepardson em Washington e Joseph White em Detroit; reportagem adicional de Shivansh Tiwary, Kannaki Deka e Richard Francis em Bengaluru)

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