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Sindicatos ameaçam greve geral contra reforma da Previdência

As principais centrais sindicais do Brasil iniciaram uma mobilização contra a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo; os sindicalistas não concordam com os pontos mais importantes do projeto, como a idade mínima de 65 anos e a equiparação entre homens e mulheres, e alguns grupos já cogitam uma greve geral contra as propostas

SÃO PAULO,SP,30.08.2013:PROTESTO CENTRAIS SINDICAIS/PAULISTA - Trabalhadores de diversas categorias e seus respectivos sindicatos, além de diversos movimentos sociais, se reúnem no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), para protesto n (Foto: Giuliana Miranda)

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247 - As principais centrais sindicais do Brasil iniciaram uma mobilização contra a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo. Os sindicalistas não concordam com os pontos mais importantes do projeto, como a idade mínima de 65 anos e a equiparação entre homens e mulheres, e alguns grupos já cogitam uma greve geral contra as propostas. 

As informações são do Estado de S.Paulo.

"Para Luiz Carlos Prates, o Mancha, do CSP-Conlutas, a proposta de reforma é um grande ataque ao trabalhador e visa acabar com as aposentadorias. “Não vemos margem para negociar com o governo, que deseja impor essa reforma sem uma ampla negociação. Estamos iniciando uma mobilização que, na nossa visão, deve culminar com uma greve geral”, afirmou. Segundo o diretor de comunicação social da Nova Central, Nailton Francisco de Souza, o governo não cumpriu o que foi combinado com as centrais quando Michel Temer ainda era presidente interino. “Foi criado um grupo de trabalho para debater o assunto. O grupo fez sugestões, mas o governo não respondeu e só nos comunicou que enviaria a proposta ao Congresso”.

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, disse que as centrais em geral tem um posicionamento contrário à reforma, mas que ainda vão ser realizados novos debates e reuniões para definir os principais pontos a serem combatidos. “Esse projeto é complexo e afeta inúmeras dimensões da vida do trabalhador. O Dieese vai construir um diagnóstico detalhado para que tenhamos um posicionamento técnico conjunto e, lá para fevereiro, março, quando o assunto estiver sendo discutido no Congresso, vamos apresentar nossas propostas”, explicou.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, disse que amanhã já haverá uma grande mobilização dos metalúrgicos do ABC contra as mudanças na Previdência. “Essa reforma inviabiliza o acesso à Previdência. Estamos caminhando para um período pré-Getúlio Vargas, onde não existia absolutamente nada nessa área. Isso é muito danoso”, comentou."

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