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      Steinbruch: PEC do teto e mudanças no BNDES são entraves a investimento

      Para o empresário e diretor da CSN, Benjamin Steinbruch, há dois grandes entraves para o investimento no Brasil: a PEC que limita o teto de gastos públicos e a mudança nos juros do BNDES;  "Nada contra a contenção de gastos do governo. Ao contrário, ela é muito necessária e benéfica. Só que há um problema: quando existem restrições orçamentárias, como a que será imposta pela PEC, o governo, qualquer que seja ele, vai cortar investimentos, e não gastos correntes. É o que sempre se dá, porque uma grande parte dos gastos correntes, como salários do funcionalismo e Previdência Social, é pouco controlável", escreve

      São Paulo, 16/11/2011, Encontro Brasil África - O vice-presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch durante encontro Brasil e Africa para discutir investimentos que tenham como meta o desenvolvimento dos países da África na sede da FIESP na Av Paulista nessa (Foto: Giuliana Miranda)
      Giuliana Miranda avatar
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      247 - Em artigo publicado nesta terça na Folha de S.Paulo, o empresário e diretor da CSN, Benjamin Steinbruch, há dois grandes entraves para o investimento no Brasil: a PEC que limita o teto de gastos públicos e a mudança nos juros do BNDES.

      "Investimentos públicos e privados são um motor de crescimento econômico. Nem é preciso usar linguagem de economista para explicar por quê.

      (...)

      O dilema de hoje é que estão colocadas duas enormes travas para os investimentos no país.

      Nada contra a contenção de gastos do governo. Ao contrário, ela é muito necessária e benéfica. Só que há um problema: quando existem restrições orçamentárias, como a que será imposta pela PEC, o governo, qualquer que seja ele, vai cortar investimentos, e não gastos correntes. É o que sempre se dá, porque uma grande parte dos gastos correntes, como salários do funcionalismo e Previdência Social, é pouco controlável.

      Isso está ocorrendo neste exato momento no país em razão da austeridade nos gastos. O investimento público (excluídas as estatais), que já atingiu 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, neste ano foi cortado de tal forma que vai representar 0,4% do PIB, com um valor estimado de apenas R$ 25 bilhões em todo o exercício deste ano.

      A trava no setor privado tem outra característica. Decorre de uma visão equivocada que vai tornar muito menos acessível, por causa das taxas de juros, o financiamento de longo prazo. O BNDES, principal indutor de investimentos no país, deve passar a operar cada vez mais com taxas de juros elevadas, próximas às de mercado.

      Além disso, o banco de fomento terá recursos mais escassos. Já foi anunciada a intenção do governo de obrigá-lo a devolver R$ 50 bilhões ao Tesouro neste ano e mais R$ 130 bilhões em 2018."

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