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Economia

STF valida acordos individuais para reduzir salário, sem anuência do sindicato

Maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal validaram acordos individuais firmados entre empregadores e empregados conforme permite a Medida Provisória 936, assinada por Bolsonaro para o período da pandemia

(Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas | ABr)
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Conjur - Acordos individuais firmados entre empregadores e empregados conforme permite a Medida Provisória 936, editada pelo governo para regular as relações do trabalho durante a crise do novo coronavírus, não precisam passar pelo crivo de sindicatos para ter validade. Com esse entendimento, o Plenário do Supremo Tribunal Federal derrubou liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 6.363.

A MP foi alvo de ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade, que  questiona a possibilidade de suspensão do contrato de trabalho e redução de carga horária e salários em até 70%, por afrontar direitos e garantias individuais dos trabalhadores. Em liminar, o relator, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que os acordos são legítimos e com efeito imediato, mas que devem ser comunicados aos sindicatos em dez dias. Caso queira, a entidade sindical pode deflagrar negociação coletiva. 

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Ao derrubar a liminar em sessão extraordinária nesta sexta-feira (17/3), o Plenário suprimiu esse entendimento. Prevaleceu a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, segundo a qual a MP não fere a Constituição. Isso porque o inciso 6º do artigo 7º, segundo o qual a redutibilidade salarial só é possível com acordo ou convenção coletiva, funciona em situação de normalidade e existência de conflito entre as partes.

Na anormalidade da pandemia, entende Moraes, não há conflito, inclusive porque o empregado pode não aderir ao acordo individual e, assim, assumir o risco da demissão. Para a maioria, condicionar acordos já fechados ao crivo posterior dos sindicatos prejudica a segurança jurídica e coloca em risco valores constitucionais como proteção social ao emprego e proporcionalidade, além de reduzir a eficácia da medida provisória.

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Votaram com a divergência os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Dias Toffoli. Vencidos, além do relator, os ministros Luiz Edson Fachin e Rosa Weber.

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