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      SwissLeaks: 50 brasileiros têm 'indícios de ilícitos'

      O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou à CPI do HSBC que 50 de 126 brasileiros ligados a contas da agência do banco na Suíça fizeram transações financeiras com "indícios de ilícitos" nos últimos anos; no ranking dos brasileiros citados no SwissLeaks com mais relatórios do Coaf, a liderança é de Chaim Henoch Zalcberg; em 2005 e 2011, ele foi alvo de operações da PF para desbaratar uma quadrilha acusada de fraudar licitações, evadir divisas e lavar dinheiro

      O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou à CPI do HSBC que 50 de 126 brasileiros ligados a contas da agência do banco na Suíça fizeram transações financeiras com "indícios de ilícitos" nos últimos anos; no ranking dos brasileiros citados no SwissLeaks com mais relatórios do Coaf, a liderança é de Chaim Henoch Zalcberg; em 2005 e 2011, ele foi alvo de operações da PF para desbaratar uma quadrilha acusada de fraudar licitações, evadir divisas e lavar dinheiro (Foto: Romulo Faro)
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      247 - Autarquia do Ministério da Fazenda, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou à CPI do HSBC que 50 de 126 brasileiros ligados a contas da agência do banco na Suíça fizeram transações financeiras com "indícios de ilícitos" nos últimos anos. O número representa 1,45% do total de 8.667 brasileiros que constam nos documentos vazados da agência do HSBC em Genebra em 2008, conforme levantamento do blog do Fernando Rodrigues.

      Entre as 50 pessoas que já fizeram transações financeiras suspeitas, há doleiros, empresários, ex-auditores fiscais, um banqueiro do jogo do bicho e um apresentador de TV. Confidencial, o documento do Coaf será usado na CPI. As movimentações não estão necessariamente ligadas ao caso HSBC.

      O Coaf recebe diariamente cerca de 5 mil comunicados de instituições financeiras sobre transações de alto valor, saques e depósitos em dinheiro vivo superiores a R$ 100 mil, assim como movimentações consideradas atípicas ou em desacordo com o histórico dos clientes. A maior parte desses comunicados não revela transações suspeitas, mas alguns caem no pente-fino e são analisados por técnicos do órgão.

      Quando há "indícios de ilícitos", as transações são detalhadas em Relatórios de Inteligência Financeira (conhecidos como RIFs) e enviadas a autoridades no Banco Central, Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal.

      No ranking dos brasileiros citados no SwissLeaks com mais relatórios do Coaf, a liderança é de Chaim Henoch Zalcberg. Em 2005 e 2011, ele foi alvo de operações da PF para desbaratar uma quadrilha acusada de fraudar licitações, evadir divisas e lavar dinheiro. Em seu nome, há 15 RIFs. O mais recente foi aberto em 18 de março de 2015, seis dias depois de ser revelada sua presença nos documentos do HSBC.

      O segundo lugar no ranking dos correntistas com mais "indícios de ilícitos" é de Ailton Guimarães Jorge, mais conhecido como Capitão Guimarães, e tido como um dos principais chefes do jogo do bicho no Rio. Contra ele, o Coaf tem 14 RIFs, o último de 20 de março último, uma semana depois de ele aparecer no caso SwissLeaks. O comunicado seguiu para a PF.

      O terceiro na lista é Ettore Tedeschi, preso na Operação Sexta-feira 13, feita pela PF contra evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Ele tem 13 RIFs, o último deles enviado à Procuradoria Geral da República no dia 23.mar.2015.

      Abaixo, relação (clique na imagem para ampliar) feita pelo UOL com os 50 brasileiros citados nos relatório do Coaf enviado à CPI.

       

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