Tijolaço: indústria segue no fundo do poço
Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, diz que o crescimento de 0,1% na produção industrial em fevereiro sobre a de janeiro é, literalmente, nada em termos de mensuração da atividade econômica; "Outro indicador importante, os investimentos das estatais, teve hoje divulgado um número avassalador. O valor caiu 50% em três anos e voltou ao nível de 2008, o ano da crise mundial", diz; "Não se espere nada melhor, ao contrário, para 2017, porque o corte dos investimentos orçamentários se reproduzem em todas as estatais, hoje preocupadas em fazer o contrário: vender seus ativos"
Por Fernando Brito, do Tijolaço - O crescimento de 0,1% na produção em fevereiro sobre a de janeiro é, literalmente, nada em termos de mensuração da atividade econômica.
A Reuters, agência de notícias mais “mercado” que a maioria, deixa muito claro:
O resultado ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,7 por cento, após perda de 0,2 por cento no primeiro mês do ano. Na comparação anual, o resultado foi ainda pior, com recuo de 0,8 por cento em fevereiro, voltando ao ritmo de queda que havia sido interrompido em janeiro com avanço de 1,4 por cento. A mediana das expectativas apontava alta 0,35 por cento na base anual.
O que segurou, mesmo, foi o crescimento da produção de automóveis, que ampliou a receita de exportações (46%, em fevereiro) e cresceu 34% na medição do IBGE, empurrando para 19% o indicador de bens de consumo duráveis.
Quase todo o resto ou patina ou afunda.
Outro indicador importante, os investimentos das estatais, teve hoje divulgado um número avassalador.
Tão avassalador que até a Miriam Leitão, de quem aproveito o gráfico do post, o reconhece.
O valor caiu 50% em três anos e voltou ao nível de 2008, o ano da crise mundial.
Não se espere nada melhor, ao contrário, para 2017, porque o corte dos investimentos orçamentários se reproduzem em todas as estatais, hoje preocupadas em fazer o contrário: vender seus ativos.
E isso, para qualquer um que olhe os últimos 80 anos da história brasileira, quer dizer que não haverá crescimento econômico.
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