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      Tombini: há incerteza sobre como a Selic afetará a inflação

      Presidente do Banco Central disse nesta terça-feira em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que as elevações da Selic são defasadas, ou seja, levam tempo para aparecer; Alexandre Tombini assegurou ainda que o programa diário de intervenções do BC no mercado não agride o sistema de câmbio flutuante

      Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, durante análise de quatro operações de crédito externo, no valor global de 826,2 milhões de dólares, em favor dos estados do Ceará e de Sergipe e do município do Rio de Janeiro (Foto: Gisele Federicce)
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      Kelly Oliveira
      Repórter da Agência Brasil

      Brasília – Há alguma incerteza sobre a intensidade com que a inflação irá reagir às elevações da taxa básica de juros, a Selic, feitas este ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A avaliação é do presidente do BC, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

      Tombini reforçou o que está na ata da última reunião do Copom: as elevações da Selic são defasadas, ou seja, levam tempo para aparecer. O presidente do BC disse que, entre junho e novembro, a inflação entrou em trajetória de queda.

      Ele destacou ainda a importância da atuação do BC para evitar a alta da inflação. "Entendo que taxas de inflação elevadas geram distorções que levam a aumentos dos riscos, deprimem os investimentos e comprometem a sustentabilidade do crescimento", disse.

      Na condução da política monetária, o objetivo do BC é atingir a meta de inflação, que tem como centro 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida: isto gera reflexos nos preços já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Neste ano, a Selic foi elevada seis vezes seguidas e está atualmente em 10% ao ano.

      Na audiência, Tombini voltou a dizer que manterá no próximo ano o programa de intervenções no mercado de câmbio, com ajustes. "Em 2014, o Banco Central não sairá de cena", disse.

      Tombini assegura que regime de câmbio flutuante não sofre agressão

      O programa diário de intervenções do Banco Central (BC) no mercado não agride o sistema de câmbio flutuante, disse o presidente da autarquia, Alexandre Tombini, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

      "Temos um sistema [em] que a primeira linha de defesa é a flutuação cambial [taxas de câmbio definidas no mercado]", ressaltou. De acordo com Tombini, a acumulação de reservas internacionais pelo BC gera a capacidade de o país atuar no sentido de prover proteção cambial para a economia em momentos de variações abruptas no câmbio.

      Hoje, Tombini voltou a dizer que manterá, em 2014, o programa de atuação diária no mercado de câmbio, com ajustes. O BC anunciou este programa em agosto deste ano. Na época, o BC informou que o objetivo do programa era assegurar proteção ao risco cambial, criando-se uma proteção às empresas com dívidas em dólar e liquidez (dólares disponíveis) ao mercado de câmbio. O presidente do BC disse que no final da próxima semana, será divulgado como se dará a continuidade do programa.

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