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      Tombini reforça trabalho para levar inflação à meta

      Em audiência pública no Senado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou "que não há nada que condene o Brasil a ter a inflação acima do centro da meta"; ele também disse que os países emergentes, como o Brasil, não estão vulneráveis no atual processo de transição da economia global

      Tombini reforça trabalho para levar inflação à meta (Foto: Antonio Cruz/ABr )
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      Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil

      O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (18) "que não há nada que condene o Brasil a ter a inflação acima do centro da meta". Tombini participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

      Segundo Tombini, o país esteve bastante próximo de chegar ao centro da meta em meados de 2012. Ele citou ainda que inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), fechou o ano passado em 3,88% e no acumulado de 12 meses até fevereiro deste ano ficou em 3,99%. Por isso, para Tombini, a inflação para o consumidor pode ficar no centro da meta. Mas Tombini lembrou que o indicador usado no sistema de metas de inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

      De acordo com o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA chegou a 5,68% em 12 meses, encerrados em fevereiro. No ano passado, o IPCA ficou acima do centro da meta, em 5,9%. A meta de inflação é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir essa meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

      Não há vulnerabilidade de emergentes no processo de transição econômica

      Os países emergentes, como o Brasil, não estão vulneráveis no atual processo de transição da economia global, avaliou hoje (18) o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

      Tombini lembrou que, com a crise econômica internacional, alguns países, entre eles os Estados Unidos, baixaram os juros até o limite e depois começaram a injetar recursos na economia com a compra de ativos. Com isso, disse ele, uma parte "relevante" desses recursos veio para países emergentes como o Brasil.

      Segundo o presidente do BC, foram adotadas medidas para desacelerar o ingresso desses recursos no país, porque se sabia que essa entrada era extraordinária e temporária.

      Atualmente, esse processo de estímulos à economia adotado pelos Estados Unidos está sendo revertido. Com a diminuição das injeções monetárias, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo. "Esse processo de normalização das condições monetárias e, suas consequências, não deve ser confundido com vulnerabilidade ou fragilidade generalizada das econômicas emergentes", disse.

      No mês passado, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, divulgou um relatório em que apontava o Brasil como o segundo país, entre os emergentes, mais vulnerável ao impacto da redução dos estímulos nos Estados Unidos, em função da recuperação da economia americana.

       

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