Trabalhador autônomo tem renda menor que o CLT, aponta Dieese
Diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, contestou pesquisa do Datafolha que concluiu que os trabalhadores preferem ser autônomos em vez de ter um emprego com carteira assinada, se o salário for mais alto os descontos de impostos menores; para Clemente, o cenário descrito pelo jornal é ilusório, já que a renda do autônomo é, em média, menor que a do trabalhador regularmente empregado
Da CUT - O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, contestou pesquisa do Datafolha que concluiu que os trabalhadores preferem ser autônomos em vez de ter um emprego com carteira assinada, se o salário for mais alto os descontos de impostos menores.
Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, Clemente disse que o cenário descrito pelo jornal é ilusório, já que a renda do autônomo é, em média, menor que a do trabalhador regularmente empregado.
O analista explica que a carteira assinada garante direitos como 13º salário e férias remuneradas – além dos específicos da convenção coletiva de sua categoria, como vale-refeição, vale-transporte e convênio médico.
Por outro lado, há também as deduções, como a contribuição mensal ao INSS, de 8% a 11%, imposto de renda descontado na fonte, contribuição sindical e outros.
O diretor do Dieese afirma que é normal a preferência por uma relação laboral mais livre e a expectativa por uma melhor remuneração, mas que a pesquisa Datafolha é contraditória.
"A situação do trabalho autônomo é diferente, porque são trabalhadores que não têm proteção social, nem participação contributiva na Previdência. As pessoas com salário baixo têm a expectativa, no trabalho autônomo, de terem maior renda, mas, no geral, a renda do autônomo é menor do que a do assalariado, porque esse trabalhador vive fora de uma proteção em termos de renda."
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