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Economia

Vale ainda não seduz investidor

Mesmo aps anuncio de lucro 292% maior no primeiro trimestre, aes da mineradora caem em dia de alta do Ibovespa

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Lu Miranda_247 - Os números são vultosos. Quem acompanhou a divulgação do balanço da Vale no primeiro trimestre do ano ficou boquiaberto com os resultados conquistados pela companhia. O lucro líquido de R$ 11,3 bilhões representa alta de nada menos que 292% na comparação com os três primeiros meses de 2010, que registraram ganhos de R$ 2,9 bilhões. O resultado operacional também foi emblemático. A receita cresceu 81% e foi de R$ 13,0 bilhões para R$ 23,6 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) encerrou o primeiro trimestre de 2011 em R$ 15,5 bilhões, ante R$ 5,4 bilhões apurados no mesmo período de 2010. É um desempenho para entrar na história, mas ainda é preciso convencer o investidor.

No primeiro pregão após a divulgação dos resultados, as ações da Vale não empolgaram. Os papéis VALE3 e VALE5 tiveram perdas próximas a 1% ao longo da sexta-feira 6, enquanto o Ibovespa recuperava a maré de baixa com alta acima de 1,5%. A equipe da Planner Corretora explica que esse comportamento é reflexo das incertezas e instabilidades pelas quais a empresa e os acionistas passaram nos últimos meses. A troca do presidente Roger Agnelli por Murilo Ferreira, o medo de uma interferência do Governo Federal na companhia, problemas com cobrança de royalties e com a operação na Argentina, concorrência chinesa e terremoto no Japão (um dos maiores importadores do minério da Vale) são alguns dos temores que os investidores acumulam em 2011.

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A equipe de pesquisa da Planner avaliou os números e atribuiu o crescimento trimestral à alta do minério de ferro no mercado internacional. Os preços da matéria-prima são negociados a cada trimestre, o que traz grande vantagem para a Vale. Além disso, houve outros fatores como o aumento nas exportações, que compensou o efeito negativo da queda do dólar em relação ao real verificado nos últimos meses. Os resultados poderiam ser maiores caso a chuva não tivesse atrapalhado as operações de exploração e movimentação do minério de ferro no início do ano. A Vale está com parte da produção atrasada e o mercado desconfia que o investimento de US$ 20 bilhões não deverá ser cumprido no ano.

Na análise, a corretora fez comparações dos resultados do primeiro trimestre de 2011 com o quarto trimestre do ano passado. As variações foram menores, mas ainda indicaram a boa fase pela qual passa a companhia. No lucro líquido, a alta foi de 12,9%. O Ebitda teve alta de 6% e a margem Ebitda saltou de 56,3% para 65,8%. A Vale também conseguiu reduzir a dívida líquida de R$ 15,9 bilhões para R$ 11,94 bilhões no período. Já a receita teve queda de 12,6%. “Os preços estão atraentes e, até o fim do ano, as ações devem apresentar um nível de retorno satisfatório”, conclui a corretora, que mantém a recomendação de compra dos papéis.

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