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Economia

Vale-tudo na Vale?

Governo pressiona para trocar presidente da empresa. Bradesco resiste. Congresso chama Mantega. Afinal, quem vai comandar a maior mineradora do mundo?

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O jogo em torno da substituição do presidente da Vale, Roger Agnelli, chegou ao Congresso Nacional. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados aprovou hoje um convite para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, compareça à Casa para dar explicações sobre a suposta interferência do governo na empresa Vale. Como é convidado, Mantega não é obrigado a comparecer.

O governo tem manifestado intenção de trocar Agnelli por um nome mais próximo do Palácio do Planalto. Já no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo pressionou o Bradesco, responsável pela indicação de Agnelli, a aceitar um outro ocupante para a posição. Na ocasião alegou que a Vale havia se precipitado na demissão de mil funcionários e exagerado nos planos de investimento no exterior, em detrimento das operações brasileiras.

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Vários nomes têm aparecido como possíveis substitutos de Agnelli. Um deles, conforme antecipou o brasil247, é Rodolfo Landim, ex-funcionário de carreira da Petrobras e ex-presidente da BR Distribuidora. Outro candidato seria Rossano Maranhão, ex-presidente do Banco do Brasil e atualmente no comando do Banco Safra. Fábio Barbosa, presidente do conselho de administração do Santander, também estaria cotado para o cargo. O Bradesco resistiu à pressão do governo na gestão de Lula. Desta vez, porém, há um novo ingrediente. O mandato de Agnelli termina em abril. Portanto, haveria uma explicação técnica para sua saída, o que minimizaria, em tese, o impacto da mudança no mercado.

O requerimento para Mantega é de autoria do deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Num primeiro momento, Mendonça Filho queria convocar o ministro. Um acordo, porém, transformou a convocação em convite. Não há data previamente estabelecida para a audiência. O parlamentar afirma que desde 2009 existem pressões sobre a empresa para a destituição de Roger Agnelli do cargo de presidente. Ele destaca que, recentemente, foram divulgadas notícias de que o ministro tenta interferir diretamente no assunto.

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"Entendemos absurda essa tentativa, haja vista tratar-se de empresa de capital privado e aberto. Preocupa-nos mais o fato de tal interferência prejudicar acionistas minoritários, que aguardam ansiosamente pelo resultado das discussões, uma vez que veem o preço de suas ações terem a performance afetada negativamente", diz Mendonça Filho. Reportagem do Estado informou que Mantega pedirá ao Bradesco, que é um dos maiores acionistas da empresa, que faça a substituição de Agnelli.

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