Vantagens dos consórcios

Com alta no volume de vendas no primeiro semestre de 2011 em comparação ao mesmo período do ano passado, mesmo em período de crise, os consórcios tornaram-se uma das alternativas de investimento seguro. Foram 2.342.750 novas cotas vendidas de janeiro a setembro de 2011. Deste total, 1,7 milhões de cotas de veículos automotores, 624 mil consórcios novos de imóveis, 35.850 de eletrodomésticos e outros bens. O total, até 30 de setembro, era de 33,2 milhões de participantes ativos nos consórcios do Brasil

O segmento de consórcios é dividido em 20% do mercado para automóveis, 13% de caminhões, 18% de motocicletas, 27% para imóveis, 9% para serviços e 13% para eletroeletrônicos. A novidade de 2010 - 2011 foram a questão de serviços como cirurgias plásticas e o aumento do mercado de consórcio de imóveis, graças à liberação do uso do FGTS. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradores de Consórcios (ABAC), 84% do mercado de consórcios de imóveis é da Classe B, frente a 3% da C e 26% da A, podendo haver pequenas alterações até o final de 2011 e início de 2012.

Importante ressaltar que foi feita uma pesquisa pela ABAC e o nível de satisfação tem aumentado nos últimos anos com satisfação geral na ordem de 8,32.

O consórcio é um bem de futuro, pela facilidade, pelo investimento de longo prazo (encarado como uma poupança para as famílias), financiamento sem juros com uma pequena parcela de taxa de administração e uma poupança de longo prazo, estes são os pontos positivos do setor, em contínuo crescimento.

Com exceção dos consórcios de imóveis, nos demais seguimento é a classe C que domina no comparativo entre 2006 – 2010, com maior poder de decisão das mulheres e crescente número de jovens.

Ao adquirir um consórcio, faz-se necessário considerar itens como taxa de administração, tipos de seguros, exigências na liberação dos bens, como garantias exigidas, além de verificar que aquilo que foi prometido em propaganda conste em contrato, para não ser enganado.

Sempre ao comprar uma cota também é preciso verificar todas as despesas, percentuais das prestações e prazo de duração do grupo. É aconselhável pagar um seguro desemprego e seguro de vida para quitação de cotas em caso de falecimento do consorciado ou em caso de dificuldades provocadas pelo desemprego.

Atentar-se de não assumir uma prestação superior a 20% da renda bruta familiar, pois o aumento do bem tende a subir mais que o salário no tempo.

Este módulo de compra é vantajoso, sendo livre de juros, para pagamentos em dia, o que torna o investimento financeiro atraente ao mercado, mas lembre-se que apesar de compensar nos custos gastos, esta modalidade é interessante como projeto de vida de longo prazo, pois a contemplação é feita por lance ou sorteio, podendo levar anos para ser contemplado.

Existem outras vantagens como reformar imóveis, restrito a propriedades averbadas, regularizadas. Este item inclui a construção de piscina, edícula, churrasqueira, trocar acabamento e outros.

Há uma cartilha no site da ABAC sobre “Consórcio: Uma Poupança Programada” e outra “FGTS + Consórcio = Casa Própria”, ensinando o passo a passo para quem tem a intenção de adquirir uma cota.

Somente adquira cotas de consórcios autorizados pelo Banco Central, para isto existe um site que pode auxiliar que é da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio – ABAC ou no site do Banco Central www.bcb.gov.br. O Banco Central é o órgão fiscalizador do sistema, por ser uma forma de financiamento de longo prazo, vinculado a restrições e garantias financeiras editadas na Lei nº 11.795/2008.

O contrato de consórcio estabelece vínculos e igualdade de direitos de seus cotistas com um fundo de reserva que retorna aos consorciados ao final do prazo daquele grupo. O setor de consórcios está em alta e tende a continuar nos próximos 12 meses, auxiliando no desenvolvimento da economia nacional para aquisição de bens e serviços.

Welinton dos Santos é economista e palestrante