Aumento do salário-mínimo fortalece renda e dinamismo dos pequenos negócios, diz Décio Lima
Reajuste para R$ 1.621 em 2026 segue política de valorização do piso, atualiza benefícios sociais e deve ampliar consumo e atividades de empreendedores
247 - O reajuste do salário-mínimo para 2026, que passará de R$ 1.518 para R$ 1.621, está sendo comemorado pelo Sebrae Nacional. A informação foi divulgada pela instituição, que destacou os possíveis impactos positivos do novo valor na economia, especialmente entre micro e pequenas empresas.
Ao comentar a atualização, o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, afirmou que a medida se soma a outras iniciativas recentes voltadas ao aumento do poder de compra dos brasileiros. “É mais uma boa notícia que se soma à isenção do Imposto de Renda. O aumento, próximo de 7%, deve se refletir no crescimento dos pequenos negócios, na ampliação da renda e no avanço das políticas de inclusão”, enfatizou.
O novo salário-mínimo passa a valer para os pagamentos efetuados a partir de fevereiro de 2026 e segue a política de valorização do piso nacional. O cálculo, baseado nas regras vigentes, combina o resultado da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) com o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Em novembro, o INPC registrou alta de 0,03% e acumula 4,18% em 12 meses. Já o PIB de 2024 apresentou crescimento de 3,4%, mas, conforme previsto no novo arcabouço fiscal, apenas 2,5% desse avanço pode ser incorporado ao reajuste do salário-mínimo. Somados os dois fatores, o aumento atinge 6,79%, com arredondamento para R$ 1.621 para evitar valores fracionados.
Benefícios que também serão reajustados
A elevação do piso nacional tem efeitos diretos sobre uma série de pagamentos e benefícios sociais indexados ao salário-mínimo. Entre eles estão aposentadorias e pensões do INSS, parcelas do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), o valor mínimo do seguro-desemprego e a contribuição previdenciária dos Microempreendedores Individuais (MEIs).
Com o novo valor, os tributos pagos pelos MEIs também serão atualizados a partir de 2026. A mudança segue a estrutura normal de cálculo da categoria, que utiliza o salário-mínimo como referência para o recolhimento mensal.
