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Comércio eletrônico projeta crescimento de 15% em 2025 e exige mais estratégia dos empreendedores

Especialistas apontam que uso de dados, foco na margem de lucro e controle do caixa são essenciais para crescer no e-commerce de forma sustentável

Comércio eletrônico projeta crescimento de 15% em 2025 e exige mais estratégia dos empreendedores (Foto: Pixabay)

247 - Com um faturamento estimado em R$ 234,9 bilhões para 2025, o comércio eletrônico brasileiro segue em trajetória de expansão acelerada. Segundo a ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o setor deve registrar 435 milhões de pedidos e reunir cerca de 94 milhões de consumidores no próximo ano. Diante desse cenário promissor, especialistas alertam: o crescimento do mercado exige cada vez mais estratégia, análise de dados e controle financeiro por parte dos empreendedores.

Durante o Marketplace Experience, maior evento de e-commerce do estado do Rio de Janeiro, o debate girou em torno de como transformar oportunidades em resultados consistentes. No painel “Pilares para impulsionar o crescimento: dados, lucratividade e caixa”, o CEO da MAP Educação em Marketplaces, Pedro Spinelli, destacou os principais erros e acertos de quem atua ou pretende atuar no ambiente digital. “Quem toma decisões com base em dados vende até três vezes mais”, afirmou.

Spinelli apontou que muitos empreendedores ainda se deixam levar por impulsos, especialmente em meses de alta nas vendas, e tomam decisões pouco embasadas. “É fundamental analisar os dados de forma anual, entender os ciclos de compra e agir com base em informações reais, não em percepções”, disse.

Outro ponto fundamental para a sustentabilidade do negócio está na margem de contribuição. Em vez de apenas buscar aumento de faturamento, é necessário compreender quais produtos elevam o ticket médio e garantem maior lucratividade. “Nem sempre vender mais significa ganhar mais. É preciso mapear o que realmente contribui para o resultado final”, alertou.

Spinelli também fez um alerta sobre o uso indiscriminado de anúncios pagos. Embora o tráfego patrocinado seja uma ferramenta valiosa, ele exige análise cuidadosa. “Há diferenças entre investir em mídia paga em uma loja própria e em marketplaces. No primeiro, você constrói sua marca; no segundo, a audiência é da plataforma. O retorno e a estratégia são distintos”, explicou.

Por fim, o controle do caixa foi citado como um dos pilares mais negligenciados por quem empreende no digital. Focar apenas no faturamento, sem olhar para os custos operacionais e o fluxo financeiro, pode comprometer a saúde da empresa. “Ter caixa saudável é o que garante que o negócio possa crescer com segurança e enfrentar imprevistos”, concluiu.

Com expectativa de crescimento de 15% em relação a 2024, o e-commerce no Brasil exige mais do que boas ideias. Planejamento, conhecimento dos indicadores e gestão financeira rigorosa se tornam diferenciais fundamentais para quem quer não apenas sobreviver, mas prosperar nesse mercado cada vez mais competitivo.