Conselhos científicos elevam inovação nas empresas e aceleram desenvolvimento de novos produtos
Estudo da McKinsey aponta que organizações com comitês científicos são até 2,6 vezes mais inovadoras do que seus concorrentes de mercado
247 - Empresas que contam com conselhos científicos em sua estrutura de governança se destacam por acelerar o desenvolvimento de produtos, reduzir riscos e aumentar a competitividade em seus setores. De acordo com um estudo da consultoria McKinsey & Company, organizações que integram cientistas e especialistas externos em sua gestão têm até 2,6 vezes mais chances de superar concorrentes em métricas de inovação.
O levantamento da McKinsey analisou mais de 200 empresas em diversos segmentos e mostrou que aquelas com comitês científicos ativos apresentam maior agilidade na tomada de decisões tecnológicas e maior capacidade de antecipar inovações disruptivas. Além disso, outro estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 68% das companhias que criaram conselhos de inovação nos últimos três anos conseguiram lançar novos produtos com mais rapidez e reduzir em até 15% os custos com pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Esses comitês, formados por pesquisadores, especialistas e líderes acadêmicos, têm atuação estratégica ao fornecer consultoria científica para a alta gestão. Seu impacto é especialmente notável em setores como saúde, farmacêutico, biotecnologia, cosméticos e alimentos, onde decisões embasadas cientificamente são determinantes para a competitividade e conformidade regulatória.
No Brasil, a S.I.N., multinacional especializada em soluções para a odontologia, é exemplo de como a presença de um conselho científico pode impulsionar a inovação. A empresa mantém o S.I.N. Scientific Board, presidido pelo Prof. Dr. Roberto Pessoa, que coordena uma equipe de dentistas com formação em instituições de excelência, como a Katholieke Universiteit Leuven (Bélgica), Universidade de São Paulo (USP) e Virginia Commonwealth University (EUA).
“O S.I.N. Scientific Board nos permite alinhar nossa estratégia empresarial com os avanços mais recentes da ciência aplicada à Odontologia, o que resulta em produtos de alta qualidade e que atendem às atuais demandas com previsibilidade e segurança”, afirma Felipe Leonard, presidente e CEO da S.I.N.
O conselho atua em diversas frentes, desde o embasamento científico dos produtos existentes até pesquisas voltadas ao futuro. Seus núcleos se dividem entre áreas como desenvolvimento digital, protocolos cirúrgicos, design de implantes, kits e biomateriais. Entre os projetos recentes estão o desenvolvimento de biomateriais avançados e de protocolos que reduzem o tempo de recuperação dos pacientes.
As contribuições também envolvem parcerias com universidades e centros de pesquisa no Brasil e no exterior, fortalecendo a conexão entre conhecimento científico e aplicação prática. Esse modelo de atuação mostra como integrar ciência à governança empresarial pode se tornar um diferencial competitivo — e um caminho concreto para a inovação sustentável.