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Embratur e Sebrae traçam plano para impulsionar turismo internacional em Santa Catarina

Estratégia integra o Plano Brasis e busca ampliar fluxo de visitantes estrangeiros, diversificando atrativos e fortalecendo a economia catarinense

Passarela Estaiada - Balneario Camboriu (SC) (Foto: Daniel Vianna/MTur)

247 - O turismo catarinense ganhou um reforço estratégico para conquistar mais espaço no cenário internacional. Nesta segunda-feira (11), a Embratur e o Sebrae apresentaram, na sede do Sebrae/SC, em Florianópolis, o Plano Brasis para a promoção turística global de Santa Catarina. A reportagem é baseada em informações divulgadas pela própria Embratur.

O documento estabelece diretrizes para posicionar o estado como destino competitivo no mercado global, com base em inteligência de dados e na identificação de oportunidades estratégicas. A iniciativa define mercados emissores prioritários, segmentos e nichos de maior potencial, articulando ações entre governos municipais, setor privado e entidades de fomento.

A proposta abrange a diversidade dos atrativos catarinenses, incluindo experiências culturais, gastronômicas, de ecoturismo e cicloturismo, além de atividades como o Safári Baleia em Imbituba, o Walking Tour – Street Art Tour e o Cicloturismo Floripa Sul da Ilha, na capital, e a Trilha do Rio do Boi, no Geoparque Caminho dos Cânions do Sul.

De janeiro a julho de 2025, Santa Catarina recebeu 549 mil turistas internacionais — alta de 67% sobre o mesmo período do ano anterior. A malha aérea internacional também se expandiu, com 189 mil bilhetes emitidos para voos que conectam o estado a sete países, entre eles Chile, Panamá, Portugal, Peru, Argentina, Uruguai e Paraguai. Durante o verão de 2025, Florianópolis ficou na 4ª posição entre os destinos globais mais buscados no Booking.com.

O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, destacou o papel das micro e pequenas empresas nesse avanço: “Somos um país gigante, de homens e mulheres que acordam pela manhã e que nunca desistem. O filósofo Espinoza nos ensinou que tudo na vida é paixão e estamos vivendo em um momento único, em que o Brasil se revela ao planeta. As micro e pequenas empresas representam 97% do turismo no Brasil. Por isso, o Sebrae está nessa agenda, que já demonstra um potencial extraordinário para gerar emprego e renda. O Brasil é o único país do mundo com seis biomas e, em Santa Catarina, temos a pluralidade regional como um diferencial competitivo. A sinergia entre Sebrae e Embratur nos dá a possibilidade de um salto significativo no protagonismo brasileiro e catarinense no turismo mundial.”

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou a necessidade de alinhar a estratégia nacional às particularidades regionais: “O Plano Brasis, como o próprio nome expressa, contempla a diversidade, que é uma marca do nosso país, e as peculiaridades de cada região. Somos diversos, mas podemos ter estratégias unificadas de promoção internacional que transmitam uma mensagem clara para o mundo. Toda a promoção que fazemos é técnica, baseada em inteligência de dados, e isso nos permite entender o perfil de quem nos visita e como atrair mais turistas. Somente no ano passado, tivemos uma arrecadação de 7,3 bilhões de dólares com a vinda de 6,77 milhões de turistas no país. O setor gera emprego, renda e movimenta a economia como nenhum outro, e Santa Catarina tem um enorme potencial para seguir crescendo.”

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/SC, Renato Campos Carvalho, o estado já colhe resultados expressivos: “Santa Catarina já é um sucesso com mais de meio milhão de turistas internacionais no primeiro semestre. Não tenho dúvidas de que vamos superar as metas, oferecendo experiências únicas e atendendo às expectativas dos visitantes. Nosso propósito é levar os empreendedores ao sucesso, valorizando as vocações de cada região do estado.”

Santa Catarina é o 8º estado a receber a apresentação do Plano Brasis. O roteiro, que percorrerá as 27 unidades da Federação, busca alinhar estratégias de promoção internacional e consolidar o turismo como motor de desenvolvimento econômico, conservação ambiental e valorização cultural.