Fisioterapeuta cria videoaulas para orientar pacientes com dores crônicas
“Independente da sua profissão, especialmente se é um empreendedor solo, você precisa ter presença online”, disse Ana Nascimento à TV 247
Beatriz Bevilaqua, 247 - Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que a pandemia fez o brasileiro sofrer mais com as dores. Segundo dados, houve um aumento de 41% sobre problemas relacionados às dores na coluna e uma intensificação de outras dores crônicas no corpo.
Naquele período de isolamento social, muitos tratamentos de saúde foram interrompidos drasticamente. A fisioterapeuta Ana Nascimento migrou para o digital para auxiliar as pessoas com dores crônicas, onde as queixas aumentavam devido aos quadros de ansiedade e depressão. Criando vídeos curtos e didáticos ela viu suas redes sociais crescerem do zero para mais de 500 mil seguidores no TikTok e Instagram.
Hoje ela aperfeiçoou o trabalho e possui uma plataforma de videoaulas com orientações posturais no dia a dia e exercícios específicos para cada situação. São mais de 10 mil pacientes atendidos, tendo sido solicitada até mesmo por influenciadores como Kéfera Buchmann, Graciele Lacerda, Marcus Buaiz, dentre outros.
“A gente não sai da faculdade sabendo empreender ou criar um negócio. Tive que mudar completamente a forma de trabalhar, expandindo o meu trabalho para o atendimento online e com cursos remotos de orientações posturais. Agora consigo atingir pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo, tendo pacientes até mesmo de Portugal e Austrália”, disse.
Além disso, sabemos que o uso prolongado de analgésicos traz riscos à saúde e o Brasil é apontado como um dos que mais abusam de medicamentos no mundo. Para piorar, os maus hábitos modernos que envolvem o uso excessivo da tecnologia e a falta de cuidados com a alimentação e saúde mental, potencializam o acúmulo de dores pelo corpo. A fisioterapeuta acredita que sentir dor só é benéfico para as indústrias farmacêuticas, que produzem remédios para tratar os sintomas e não a causa.
No programa, a especialista dá várias dicas para profissionais que desejam empreender. “Independente da sua profissão, especialmente se é um empreendedor solo, você precisa ter presença online e estudar marketing digital. Eu não sabia no começo como posicionar a câmera, questão de luminosidade e outros detalhes para criação de conteúdo. Hoje faço atendimento online, presencial e tenho a plataforma que é escalável podendo alcançar milhares de pacientes de uma só vez”, disse.
Assista à entrevista na íntegra:
