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“Grandes crises são oportunidades para acelerarmos mudanças”, diz CEO da Piccadilly

O segmento de calçados foi altamente impactado pela pandemia e a empresa gaúcha teve que se reinventar ainda mais desde então

Cristine Grings, CEO da Piccadilly (Foto: Divulgação)

Beatriz Bevilaqua, 247 - O programa Empreender Brasil, da TV 247, entrevistou Cristine Grings, CEO da Piccadilly, empresa familiar gaúcha e uma das maiores fabricantes de calçados do país, produzindo 40 mil pares por dia. A empresa emprega hoje mais de 2.500 pessoas e exporta sapatos para mais de 100 países pelo mundo. Neste percurso, foram vários desafios que as três gerações enfrentaram até chegar aqui, sendo as últimas extremas como a pandemia e as enchentes deste ano.

Segundo a CEO, a inovação sempre esteve no DNA da empresa, pois buscaram o aperfeiçoamento constante dos sapatos brasileiros, unindo moda, conforto e tecnologia.  “Fomos a primeira calçadista feminina no Brasil a buscar o conforto dos calçados. Inclusive temos uma linha de sapatos, com uma manta de biofibra abaixo da palmilha que transforma o calor do próprio corpo em raios infravermelhos longos, estimulando a circulação sanguínea. Somos a única com certificação da Anvisa no país”, explicou Cristine.

O segmento de calçados foi altamente impactado pela pandemia e a empresa gaúcha teve que se reinventar ainda mais desde então. Para a empreendedora, as grandes crises são oportunidades para acelerarmos mudanças dentro das organizações. Em um primeiro momento, foi preciso reduzir as despesas e o quadro de funcionários, mas 1 ano e meio depois da pandemia a companhia teve um crescimento ainda maior e com mais contratações do que o período anterior à Covid-19. 

Até aquele momento os calçados da Piccadilly eram conhecidos por atender as mulheres de mais idade que desejavam conforto, mas foi preciso ampliar o olhar deste universo feminino. “Criamos um produto novo expandindo o nosso público para mulheres mais jovens e também crianças, o ‘ piccadilly marshmallow’ com design arredondado, produção com material 100% reciclável e em diversas cores. Mostramos ao mercado que poderíamos vender para as mulheres de qualquer idade”, enfatizou.

Sobre as enchentes deste ano no Rio Grande do Sul, Cristine afirma que 20% dos seus funcionários foram impactados pelo desastre, algumas pessoas tendo perdido tudo. “Tivemos uma grande mobilização para que os nossos colaboradores pudessem recomeçar suas vidas, limpamos casas e fizemos diversas doações. Inclusive várias entidades representativas da cadeia produtiva do calçado estão unidas pela reconstrução das cidades que foram mais afetadas”, disse.

Assista à entrevista na íntegra: