MEIs aumentam confiança na economia e veem melhora no acesso ao crédito, aponta pesquisa

247 - O microempreendedor individual (MEI) está mais confiante em relação ao cenário econômico e às possibilidades de acesso ao crédito em 2025. É o que revela a edição mais recente da Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com o levantamento, em junho deste ano o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) subiu 2,3 pontos em comparação com o mesmo mês de 2024, refletindo maior otimismo por parte dos empreendedores.

Além disso, o percentual de MEIs que consideram difícil o acesso a crédito caiu para 63,2% – o menor patamar da série histórica iniciada pela pesquisa. No mesmo período do ano passado, essa percepção negativa era compartilhada por 67,8% dos entrevistados.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o avanço é reflexo de um contexto macroeconômico mais favorável. “A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, destacou.

Confiança varia por setor e região

O estudo mostra que os MEIs do setor de Serviços puxaram a alta da confiança, com crescimento de 3,9 pontos no IC-MEI entre junho de 2024 e junho de 2025. O Comércio também apresentou melhora, com aumento de 2,3 pontos. Por outro lado, o índice recuou 0,8 ponto entre os empreendedores da Indústria.

Geograficamente, todas as regiões do país registraram evolução positiva na confiança dos MEIs. O Sul e o Nordeste se destacaram com os maiores avanços (4,9 e 4,8 pontos, respectivamente), seguidos pelo Sudeste (1,2 ponto) e pelas regiões Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Custo do crédito ainda preocupa

Apesar da percepção mais favorável sobre o acesso a crédito, o custo financeiro continua sendo o maior entrave para os microempreendedores. Segundo a sondagem, 25,6% dos MEIs apontam as altas taxas de juros como a principal dificuldade para tomar empréstimos.

Décio Lima também comentou o impacto das condições de financiamento: “Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital”, afirmou.

Nesse contexto, o Sebrae tem ampliado a atuação do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). A expectativa é que, até o fim de 2025, o fundo garanta cerca de R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios, facilitando o acesso a recursos para quem mais precisa.