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Mercadinhos crescem no país e movimentam a economia local

Mais de 29 mil novos estabelecimentos foram abertos no primeiro semestre; setor gera empregos, renda e fortalece o comércio de bairro

Mercadinhos crescem no país e movimentam a economia local (Foto: Freepik)

247 - Minimercado, mercadinho, mercearia, armazém ou bodega. Não importa o nome, esses estabelecimentos de bairro estão em franca expansão em todo o Brasil. Segundo levantamento do Sebrae, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal, somente no primeiro semestre de 2025 foram abertos mais de 29 mil novos negócios no setor. Isso significa 162 registros de CNPJs por dia, ou quase sete novas lojas inauguradas a cada hora.

O estudo, divulgado pelo Sebrae, mostra ainda que a abertura de mercadinhos cresceu 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 27,1 mil novas empresas. A maioria desses empreendimentos — cerca de 70% — está formalizada na categoria de microempreendedor individual (MEI).

Esse avanço reforça o papel estratégico dos pequenos negócios na geração de renda e de postos de trabalho. Hoje, micro e pequenas empresas respondem por mais de 60% das contratações no Brasil, consolidando-se como protagonistas no mercado de trabalho.

A analista de Competitividade do Sebrae, Jane Blandina da Costa, avalia que o movimento reflete a disposição dos brasileiros em empreender e aproveitar o cenário econômico. “Mostra que os brasileiros estão aproveitando esse cenário econômico e o nível de emprego para empreender. Os negócios de bairro são fundamentais porque movimentam a economia local, geram renda complementar para as famílias e aproximam o consumidor de soluções rápidas e acessíveis”, destacou.

Dicas para o empreendedor

Para manter a competitividade e o faturamento em dia, Jane Blandina recomenda atenção redobrada à gestão, ao conhecimento do público e ao uso das ferramentas digitais.

  •  Gestão
    Separar as contas da empresa das pessoais e acompanhar entradas e saídas é o primeiro passo. “Isso dá clareza e evita surpresas no caixa”, orienta a analista.
  •  Conhecimento
    Observar hábitos de consumo, preferências e ouvir os clientes ajuda a ajustar o mix de produtos. “É importante entender o perfil do consumidor local”, explica.
  • Digitalização
    A tecnologia é uma aliada estratégica. “Pequenas ações digitais ampliam o alcance e mantêm a competitividade”, afirma Jane, destacando o uso de aplicativos de delivery, grupos de WhatsApp e redes sociais para fidelizar clientes.