Micbr 2025 movimenta a economia criativa e expande redes de negócios
Evento em Fortaleza reúne empreendedores e políticas públicas para ampliar negócios culturais, fortalecer governança e consolidar a economia criativa
247 - Artes cênicas, audiovisual, música, design, tecnologia e patrimônio cultural formam um ecossistema que movimenta cerca de R$ 400 bilhões por ano e reúne mais de 111 mil pequenos negócios no país. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Cultura, a chamada Economia Criativa já representa 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e deve empregar mais de 8,4 milhões de pessoas até 2030.
O fortalecimento desse setor é o foco do Mercado de Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), promovido pelo Ministério da Cultura e realizado em Fortaleza (CE) entre os dias 3 e 7 de dezembro. O Sebrae participa da iniciativa, considerada o maior evento de fomento aos negócios culturais do país. As informações foram fornecidas pela própria instituição.
De acordo com a analista de Políticas Públicas do Sebrae, Cyntia Bicalho Uchoa, a presença no MICBR tem objetivos que vão além da geração de negócios. “Mais do que apoiar a geração de negócios, a atuação do Sebrae no MICBR 2025 busca construir legados na consolidação de políticas públicas, para o fortalecimento da governança cultural e para o reconhecimento do setor criativo como motor do desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirma.
Para o Sebrae, o evento é estratégico porque conecta cultura e empreendedorismo, amplia a escala das iniciativas e garante uma atuação contínua na estruturação da economia criativa nos territórios.
Rede de Cultura integra territórios e promove capacitações
A instituição tem intensificado ações por meio da Rede de Cultura e Economia Criativa, desenvolvida em parceria com o Ministério da Cultura. O objetivo é consolidar o Sistema Nacional de Cultura por meio da articulação de demandas locais, do apoio a micro e pequenos empreendedores e da construção de um ecossistema inclusivo, colaborativo e sustentável.
As ações incluem fóruns, encontros, capacitações, diagnósticos e a elaboração de planos de trabalho adaptados às necessidades de cada região. Para Cyntia Uchoa, o impacto é amplo e estruturante. “A Rede de Cultura e Economia Criativa são elos que conectam territórios, empreendedores e políticas públicas, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e tornando o setor criativo um dos pilares do crescimento nacional. No MICBR 2025, estaremos presentes com rodadas de negócios, mentorias, oficinas e soluções customizadas, fortalecendo o ecossistema cultural e criativo e ampliando oportunidades para todos os territórios”, ressalta.
Durante o evento, mais de 420 empreendedores devem participar de rodadas de negócios com criadores, produtores e compradores nacionais e internacionais. “O evento será uma vitrine para as soluções customizadas da Rede de Cultura, além de ampliar oportunidades para os pequenos negócios, com capacitação e internacionalização para todos os segmentos da economia criativa”, destaca a analista.
Empreendedores buscam expansão e presença internacional
Entre os participantes está o Fluxo Mandinga, laboratório criativo e plataforma de inovação sediado na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Fundado por Jackson Conceição, o empreendimento atua como ponto de cultura e desenvolve projetos ligados à Cultura Hip Hop, às artes integradas e à formação de jovens das periferias.
Com mais de três décadas de experiência no setor, Jackson vê no MICBR 2025 uma oportunidade estratégica para ampliar a atuação da empresa. Ele afirma que a participação no evento e na rodada de negócios fortalece perspectivas de internacionalização e consolidação de parcerias. “Buscamos posicionar a empresa no ecossistema latino-americano de economia criativa e ampliar a presença em circuitos internacionais de festivais, feiras, exposições e redes colaborativas”, comenta.
O empreendedor destaca ainda o papel estruturante do Sebrae no desenvolvimento da empresa. “O Sebrae é um parceiro estratégico fundamental para o fortalecimento e a consolidação da nossa empresa dentro da economia criativa porque contribui diretamente para a qualificação da gestão, ampliação de redes, estruturação de processos e preparação para acessar novos mercados. No nosso caso, o Sebrae tem sido essencial para profissionalizar a atuação no campo das artes, da cultura urbana e da moda periférica, ajudando a transformar iniciativas criativas em negócios sustentáveis”, explica.
