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Micro e pequenas empresas lideram contratações e criam 84,5% dos empregos em agosto

Levantamento do Sebrae mostra que MPEs geraram 147,3 mil postos no mês, com destaque para o setor de Serviços, seguido por Comércio e Construção

Carteira de trabalho digital (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - As micro e pequenas empresas seguem como protagonistas na geração de empregos no Brasil. Segundo levantamento do Sebrae, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 84,5% das contratações registradas em agosto de 2025 foram realizadas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). No total, foram criados 147,3 mil novos postos de trabalho no país.

Em nota, o Sebrae destacou o papel dos pequenos negócios na recuperação econômica e social do Brasil. Para o presidente da instituição, Décio Lima, o empreendedorismo é a principal força que sustenta a empregabilidade. “Os pequenos negócios são o grande motor propulsor do desenvolvimento do nosso país, que gera emprego e renda para que a nossa população tenha mais dignidade. Homens e mulheres que acordam de manhã e nunca desistiram. Produzem com a sua criatividade o seu próprio negócio. Viva os pequenos negócios”, declarou.

Lima também ressaltou que os números refletem os efeitos de políticas públicas que estimulam o setor produtivo e ampliam as oportunidades de trabalho. “A inclusão social, de renda e emprego, passa pelo empreendedorismo. As políticas públicas, promovidas pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, se refletem nas estatísticas econômicas, mas principalmente, no bolso e na dignidade dos trabalhadores do país”, afirmou.

De acordo com os dados, o setor de Serviços foi o maior responsável pela geração de empregos em agosto, com 62,5 mil novas vagas. Em seguida, aparece o Comércio, com 30,3 mil contratações, e o setor de Construção, que abriu 21 mil postos no período.

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, as micro e pequenas empresas já criaram 982,9 mil empregos formais, consolidando-se como o principal motor do mercado de trabalho brasileiro.

Sobre o Caged

Instituído pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi criado para acompanhar mensalmente as admissões e dispensas de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A partir de 1986, o Caged passou a ser utilizado também como suporte ao pagamento do seguro-desemprego e, mais recentemente, tornou-se uma ferramenta essencial para programas de reciclagem profissional e recolocação de trabalhadores.

Desde janeiro de 2020, as informações que antes eram declaradas no Caged migraram gradativamente para o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Hoje, todas as empresas brasileiras devem registrar suas movimentações trabalhistas exclusivamente pelo eSocial, que substituiu de forma definitiva o sistema antigo.