Micro e pequenas empresas lideram geração de empregos e impulsionam economia brasileira
Com 747,6 mil vagas formais abertas no primeiro semestre, pequenos negócios foram responsáveis por 64% das contratações em junho
247 - As micro e pequenas empresas seguem desempenhando papel decisivo na recuperação econômica do Brasil e na geração de empregos. Segundo levantamento do Sebrae, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), essas empresas foram responsáveis pela contratação de mais de 747,6 mil pessoas com carteira assinada no primeiro semestre de 2025. O mês de junho, por si só, registrou cerca de 106,9 mil novos postos de trabalho criados por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), representando 64% de todas as admissões do período.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o protagonismo dos pequenos negócios na geração de empregos evidencia sua relevância estrutural para o país. “Os pequenos negócios são uma força essencial para a nossa economia pela sua capacidade de gerar emprego e renda para a população, além da resiliência e da determinação para superar os desafios de um mercado que não foi criado para eles. São os maiores geradores de novas vagas formais, o que representa mais oportunidade e inclusão”, afirmou. Ele também celebrou o impacto social das MPEs: “As micro e pequenas empresas também foram uma porta de inclusão para que o país saísse do Mapa da Fome”, declarou.
O setor de Serviços liderou a criação de vagas entre as micro e pequenas empresas em junho, com 44,7 mil contratações. Em seguida, vieram os segmentos de Comércio (28,1 mil) e Construção (16,8 mil). Entre as atividades que mais empregaram estão locação de mão de obra temporária, atendimento hospitalar, transporte rodoviário de carga e supermercados. No acumulado do semestre, o setor de Serviços continua em destaque com um saldo de 386,1 mil novos empregos, seguido pela Construção (138,6 mil) e pela Indústria de Transformação (110,7 mil).
Esse movimento positivo no mercado de trabalho também se reflete nos dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Mensal, divulgada pelo IBGE. A taxa de desocupação no Brasil entre abril e junho de 2025 foi de 5,8%, a menor dos últimos 13 anos. O índice representa uma queda de 1,2 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (7,0%) e de 1,1 ponto em relação ao mesmo período de 2024.
O desempenho robusto das micro e pequenas empresas não apenas sustenta o crescimento do emprego formal no país, como também reforça a importância de políticas públicas voltadas ao fortalecimento desse segmento, que segue sendo uma âncora de estabilidade econômica e inclusão social no Brasil.
