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Sebrae lança publicações sobre economia verde e resiliência climática

Materiais serão apresentados na COP30, em Belém, e destacam o papel dos pequenos negócios na transição para um modelo econômico sustentável e inclusivo

Sebrae lança publicações sobre economia verde e resiliência climática (Foto: Divulgação)

247 - Com atuação reconhecida entre mais de 23,6 milhões de pequenos negócios brasileiros, o Sebrae reforça seu papel de protagonista na construção de uma economia mais verde, sustentável e inovadora. De acordo com informações da própria entidade, o Sebrae lançará duas publicações inéditas durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA). Os materiais têm como objetivo apoiar empreendedores, gestores públicos e especialistas na formulação de políticas e estratégias voltadas à resiliência climática e à economia circular.

Além do lançamento, o Sebrae promoverá duas semanas de atividades na Green Zone da COP30, com debates, apresentações e trocas de experiências que conectarão o universo do empreendedorismo às grandes discussões climáticas globais.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca a importância da participação dos pequenos negócios nesse novo paradigma econômico. “Os pequenos negócios são protagonistas na implementação deste novo modelo de economia”, afirma. Ele ressalta que, embora o conhecimento sobre o tema ainda seja limitado, cresce o engajamento de empreendedores em práticas sustentáveis, como reciclagem, digitalização e extensão da vida útil de produtos, iniciativas que contribuem diretamente para a mitigação dos impactos ambientais.

Economia circular e combate às mudanças climáticas

A primeira publicação, intitulada “Economia Circular e Pequenos Empreendedores no Centro da Implementação Climática”, apresenta o conceito de economia circular como eixo estratégico para enfrentar as mudanças climáticas e promover um futuro mais sustentável e inclusivo.

O documento mostra que 45% das emissões globais de gases de efeito estufa estão associadas ao modelo linear de produção — baseado em “extrair, produzir e desperdiçar”. Por isso, a transição para uma economia circular, que busca eliminar resíduos e poluição, circular produtos e materiais e regenerar a natureza, é vista como essencial.

A publicação também enfatiza que essa transformação exige colaboração entre setor público, privado e sociedade civil, além de mecanismos financeiros robustos, como incentivos fiscais, linhas de crédito específicas e uma Taxonomia da Economia Circular para direcionar investimentos em negócios sustentáveis — especialmente nas micro e pequenas empresas (MPEs) e cooperativas.

Entre os exemplos de atuação prática, o Sebrae cita iniciativas como o Inova Amazônia, que apoiou a empresa Engenho Café de Açaí na reutilização de caroços de açaí; o Pró-Catadores, voltado à inclusão socioprodutiva de catadores; e parcerias para o desenvolvimento de biogás na agroindústria.

Desenvolvimento territorial e resiliência climática

A segunda publicação, “Desenvolvimento Territorial e Resiliência Climática com Foco nos Pequenos Negócios”, reforça o papel estratégico dos empreendedores locais na construção de um futuro resiliente e sustentável. O texto propõe que a transição para um desenvolvimento climático resiliente não é apenas uma etapa, mas uma redefinição do próprio conceito de desenvolvimento, baseada em equidade, justiça social, cidadania climática e inclusão produtiva.

Segundo o Sebrae, os pequenos negócios formam a base da economia real e estão na linha de frente das soluções em bioeconomia, economia circular e transição energética. A instituição reafirma ainda seu compromisso de liderar e apoiar iniciativas que promovam parcerias, mapeamento, financiamento e capacitação de empreendedores, municípios e estados que buscam alinhar crescimento econômico e sustentabilidade.