Varejo cresce e puxa demanda por ERPs mais inteligentes e integrados
vanço nas vendas e exigência dos consumidores levam lojistas a adotarem sistemas que centralizam dados e otimizam decisões no dia a dia
247 - O comércio varejista brasileiro atingiu em fevereiro de 2025 o maior patamar de vendas desde o início da série histórica, em 2000. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, divulgada em abril, houve alta de 0,5% em relação a janeiro e de 3,6% no acumulado de 12 meses. Esse cenário positivo, porém, traz um desafio aos empresários: crescer de forma organizada, mantendo saúde financeira e controle rigoroso de estoque, fluxo de caixa e relacionamento com o cliente. Nesse contexto, os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) têm deixado de ser apenas ferramentas de gestão para se tornarem peças estratégicas no varejo.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), o mercado nacional de software, incluindo soluções ERP, deve crescer 9,5% em 2025 — acima da média global de 8,9%. A pesquisa Panorama Mercado Software 2024 aponta ainda que 33,3% das empresas brasileiras pretendem adquirir ou substituir seus sistemas ERP até 2027. A previsão é que os gastos com essas soluções, abrangendo módulos de gestão central, cadeia de suprimentos, operações e produção, alcancem US$ 4,9 bilhões no país este ano, 11% acima de 2024.
A transformação desses sistemas é perceptível. Antes vistos como meros “cofres de dados” ou ferramentas contábeis, hoje são plataformas integradas capazes de centralizar vendas, estoques, finanças, pedidos e informações de clientes em tempo real, unindo lojas físicas, e-commerces, marketplaces e meios de pagamento. “Essa mudança acompanha o comportamento do consumidor, que espera por uma experiência ágil e sem fricções, seja no balcão da loja, seja no app de compras”, afirma Chrystian Scanferla, head de Negócios da Irrah Tech, especialista em soluções inteligentes para o varejo.
A Irrah Tech é exemplo dessa evolução com o KIGI, plataforma que integra canais de venda, controla estoques em tempo real, emite notas fiscais de forma automatizada e utiliza análise de dados para orientar decisões de compra e promoções. “Hoje, um ERP eficiente não é mais apenas sobre registro, mas sobre inteligência de negócio. Ele precisa ajudar o lojista a entender o comportamento de compra, a planejar estoque sem excessos, a personalizar ofertas e a escalar as vendas sem perder o controle financeiro”, acrescenta Scanferla.
A proposta do KIGI é centralizar tudo o que importa para o varejista — vendas, estoque, caixa, notas fiscais, finanças e pedidos — em uma plataforma única, intuitiva e integrada, garantindo decisões mais assertivas e uma experiência de compra mais fluida para o consumidor. A mobilidade também se consolidou como requisito. Um aplicativo permite que o empresário gerencie remotamente suas operações, acompanhe indicadores-chave de desempenho e faça ajustes em tempo real, algo antes restrito a grandes redes.
“O avanço tecnológico também democratizou o acesso a essas ferramentas. Antes restritos a grandes empresas, os ERPs agora estão ao alcance de pequenos e médios varejistas, que encontram nessas soluções uma forma de competir com gigantes do setor, otimizando recursos e mantendo a operação enxuta”, completa o head da Irrah.
Com o varejo em expansão e consumidores mais exigentes, os ERPs deixam de ser apenas um custo operacional para se tornarem investimentos estratégicos, essenciais a quem busca crescer com inteligência, controle e sustentabilidade.