“A aposta da mídia era que o governo Lula naufragaria em seis meses”, aponta Fernando Horta

247 - O jornal O Estado de S. Paulo publicou editorial intitulado "Lula é um sujeito de sorte", em que afirma que o atual governo estaria se beneficiando dos superciclos das commodities. Para o  historiador Fernando Horta, em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o resultado da melhora econômica nada tem a ver com sorte, mas em saber aproveitar os superciclos, uma característica de todos os governos de Lula.

“A aposta dos primeiros seis meses era que o governo Lula naufragaria em função da herança maldita do governo Bolsonaro. O presidente conseguiu triunfar e já começa toda essa história de tentar dizer que não é bem assim”, analisa Horta.

Segundo ele, nos últimos 30 a 40 anos, o Brasil passou por 6 ou 7 superciclos das commodities, mas nenhum governo anterior conseguiu aproveitar essa oportunidade da forma como o presidente Lula fez.

“Nenhum dos governos utilizaram esse superciclo para fazer políticas de desenvolvimento que significasse o quanto esse aumento de riqueza estava dando para o Brasil e impulsionar atividades produtivas. Isso tudo é fruto obviamente do trabalho do presidente Lula e das suas equipes, tanto no primeiro e no segundo mandato quanto agora no terceiro”, enfatizou.

O historiador comentou ainda o sucesso da viagem de Lula à França para participar da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global em Paris. 

“Esse homem não tem data, não tem época. É uma figura descolada da sua história. Ele fala com todo mundo de todos os jeitos e isso faz com que o Brasil tenha uma projeção internacional ainda maior. O presidente vem reconstruindo a imagem brasileira fora, mas muito em cima da sua própria capacidade de conversar com essas gerações. Isso é talvez o que mais assusta a oposição porque parece que o presidente Lula não encontra limite nas gerações que se sucedem e já está conseguindo falar com os jovens”, frisou.