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Entrevistas

“Bilionários brasileiros não geram emprego no País”, afirma a economista Juliane Furno

Juliane Furno criticou o Estado brasileiro por não só se omitir e não cumprir com sua função de promover a justiça social como afirmou que o governo Jair Bolsonaro age para favorecer a concentração de renda ainda maior aos bilionários. Assista na TV 247

Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Luciano Hang e Juliane Furno (Foto: Imprensa SMetal | REUTERS)
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247 - A economista Juliane Furno explicou à TV 247 que os bilionários brasileiros, como o dono da Havan, Luciano Hang, crescem à custa do trabalho precarizado da população brasileira e não geram empregos no País. Juliane disse que crises financeiras, como a que vive atualmente o Brasil, são naturalmente concentradoras de renda - “em momentos de crise os agentes têm mais incertezas com relação ao investimento, isso faz eles segurarem mais os investimentos, isso gera menos emprego, contração da renda, mais gente desempregada, caem os salários e mais se concentra riqueza de renda” - mas ressaltou que esse processo tem se desenvolvido de forma acelerada no território nacional.

A economista esclareceu que 90% do patrimônio destes bilionários têm origem no mercado financeiro e são meramente especulativos, ou seja, muitas vezes baseiam-se em compras de ativos da própria empresa para valorizar os papéis e, assim, obterem ainda mais ganho patrimonial. “Na revista Forbes no ano passado já tinha lançado uma edição especial sinalizando que o Brasil, entre 2018 e 2019, tinha contribuído na lista dos bilionários com novos 18 bilionários, agora são mais 28 bilionários. Então em três anos está fazendo inveja nos bilionários do mundo a capacidade que o Brasil tem de formar bilionários. E esses bilionários que estão crescendo às custas de um trabalho precarizado, às custas de um sistema tributário que não taxa as grandes fortunas, 90% do patrimônio que esses bilionários arrecadaram vêm do mercado financeiro, ou seja, são ganhos meramente especulativos, então não tem geração de emprego”.

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“Enquanto o grosso da população está tendo perda de renda média, enquanto a gente está voltando para o mapa da fome, enquanto no Brasil está aumentando o número de pobres e miseráveis, a gente vê esse processo de concentração da renda, que é natural em crises econômicas e é justamente para isso que existe o Estado. O Estado é para neutralizar uma tendência natural das livres forças de mercado que é concentrar renda em período de crise. Acontece que nosso Estado não só tem sido omisso, como tem contribuído para concentração de renda e aumento da desigualdade”, acrescentou Juliane.

Inscreva-se na TV 247 e assista à análise de Juliane Furno na íntegra: 

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