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Entrevistas

“Camadas médias da sociedade ainda apoiam Bolsonaro — e isso é um grande problema”, diz Altman

Jornalista analisa que seria necessário ao governo Lula formular políticas para os setores médios, mas tal desafio esbarra em limitações orçamentárias

Breno Altman | Jair Bolsonaro
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247 - Em uma análise do cenário eleitoral para 2026, o jornalista Breno Altman avaliou que os setores médios da sociedade brasileira ainda se vêem mais contemplados pelas pautas da extrema direita - inclusive de Jair Bolsonaro (PL) - e que governos progressistas precisam agir para atrair estas camadas da população ao seu lado.

“Seria um absurdo subestimar Bolsonaro [para 2026]. Se ele vai ter ou não direitos eleitorais, não é exatamente um fator decisivo. Um fator decisivo é a influência que a extrema direita e o próprio Bolsonaro continuam a ter sobre uma parcela importantíssima da sociedade: a extrema direita continua a ser majoritária entre as camadas médias. Esse é um grande problema do PT e do governo Lula (PT). E quando estou falando de camadas médias, não estou falando da classe média tradicional, com alta renda, não é disso que estou falando. A partir dos 2 salários mínimos, o Bolsonaro passa a ter maioria”, disse o jornalista em entrevista à TV 247.

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Altman reconheceu, no entanto, que o desafio de formular políticas para as camadas médias esbarra em limitações orçamentárias: “e a questão é saber como atrair esses setores de renda média para o lado do governo Lula - e nisso o governo tem dificuldades, porque determinadas opções de política econômica, por exemplo, não deixam espaço orçamentário para programas que afetem esses setores médios. Então, por exemplo, quando o presidente Lula assina uma medida que isenta do IR quem ganha até 2 salários mínimos, ele está dialogando com mais da metade do país, mas não está dialogando com esses setores médios. Para que esses setores médios sejam atendidos, a isenção já teria que ir até o que foi prometido no período eleitoral, praticamente 4 salários mínimos (5 mil reais)”.

“Citando outro exemplo, o grau de investimento permanente em saúde e educação tem que ser descomunal, de tal maneira que esses setores médios se sintam em condições de abandonar planos de saúde e escolas privadas para colocar seus filhos em escolas públicas e para cuidar de sua saúde no SUS. E aí há restrições orçamentárias. E enquanto o governo precisa de programas para as camadas médias, ele também precisa disputá-las político-ideologicamente”, concluiu. Assista ao trecho no vídeo abaixo:

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