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Entrevistas

Carlos Nobre prevê forte seca no Nordeste em 2024: "risco gigantesco"

De acordo com o estudioso, mudanças na gestão de políticas ambientais "é o maior desafio da história da humanidade". Assista na TV 247

Carlos Nobre e a seca na Região Nordeste (Foto: Agência Brasil)
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247 - O cientista Carlos Nobre prevê a ocorrência de uma forte seca entre os meses de fevereiro e maio de 2024 nos estados nordestinos. O estudioso alertou em entrevista à TV 247 para os 'riscos gigantescos' ao Brasil gerados pelo aquecimento global e afirmou que criar um novo modelo global de gestão de políticas ambientais "é o maior desafio da história da humanidade". 

"O Oceano Atlântico ao Norte da Linha do Equador está muito quente, batendo recordes de temperatura, o que causa secas no Nordeste e na Amazônia. As secas de 2005 e 2010 na Amazônia foram causadas por isso, enquanto a desse ano foi causada também pelo El Niño muito forte. A seca no Nordeste ocorrerá de fevereiro a maio de 2024", disse Nobre. 

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Oito estados das regiões Norte e Nordeste já enfrentam neste ano a pior seca desde 1980, segundo o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe. A lista das unidades federativas em situação preocupante por causa da falta de chuvas foi divulgada no mês passado. 

No El Niño, os ventos alísios, que saem dos trópicos em direção à linha do Equador, sopram no sentido leste-oeste. Quando ocorre o fenômeno, os ventos perdem força. As correntes frias não sobem para a superfície do mar, levando as águas do Oceano Pacífico a se tornarem mais quentes. 

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Nobre também alertou para os graves riscos à segurança das pessoas diante da ameaça de aumento nos níveis dos oceanos em decorrência do derretimento acelerado de geleiras. Ele defendeu a criação de mecanismos para combater esse desafio.

"Se continuarmos a aquecer o planeta, vamos derreter as geleiras e o nível do mar vai subir muitos metros. Em 500-1500 anos, vamos derreter grande parte das geleiras da Groenlândia e da Antártida. Esse risco é gigantesco. Temos que combater esse que é o maior desafio da história da humanidade", disse. 

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