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Eduardo Guimarães aponta estratégia de Nunes ao esconder Bolsonaro e analisa impacto nas eleições

Rejeição a Bolsonaro em São Paulo faz Nunes ocultar ex-presidente na campanha, enquanto Boulos avança nas pesquisas

(Foto: Brasil247 | Luiz Blanco/Campanha Ricardo Nunes)

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247- Em sua análise no programa Brasil Agora sobre as eleições em São Paulo, o comentarista político Eduardo Guimarães destacou a estratégia adotada pelo candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), de evitar associar sua imagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Guimarães, essa tática reflete a alta rejeição de Bolsonaro entre os eleitores paulistanos, o que poderia prejudicar a campanha de Nunes, que atualmente enfrenta o avanço de Guilherme Boulos (PSOL). “Bolsonaro sumiu da campanha de Nunes porque eles sabem da rejeição que ele tem aqui”, afirmou o analista em seu programa.A análise de Guimarães faz referência a dados divulgados pela Folha de S.Paulo e à pesquisa realizada pela consultoria Palver, que acompanhou a troca de mensagens em mais de 90 mil grupos de WhatsApp. A pesquisa revelou que 87% das mensagens analisadas mencionavam o apagão e as críticas à gestão de Nunes, o que impulsionou a popularidade de Boulos nas redes sociais. “Foi um massacre. A maioria das mensagens favorecia Boulos, enquanto Nunes se via cada vez mais acuado pelas críticas”, observou Guimarães.

A ausência de Bolsonaro, que antes era visto como um forte aliado do campo conservador, chamou a atenção do comentarista, que explicou que a rejeição ao ex-presidente está diretamente ligada ao cálculo político da campanha de Nunes. “O que a gente vê é que o Nunes está escondendo fortemente o Bolsonaro porque, evidentemente, eles têm dados que mostram que se Bolsonaro aparecer ao lado dele, a rejeição pode aumentar”, disse Guimarães. Segundo ele, esse afastamento de Bolsonaro se tornou necessário para Nunes manter suas chances de vitória.

Embora as pesquisas ainda indiquem uma vantagem para Ricardo Nunes, a situação está longe de estar definida. Guimarães destacou que o levantamento do instituto Quaest mostrou uma diferença de 12 pontos entre Nunes e Boulos, mas que, considerando a margem de erro, a disputa pode se acirrar ainda mais. “Boulos só precisa avançar três pontos percentuais para empatar com Nunes, e aí tudo pode acontecer”, analisou Guimarães. Para ele, o cenário se tornou incerto, e a estratégia de esconder Bolsonaro pode não ser suficiente para garantir a reeleição de Nunes.

Para Eduardo Guimarães, a ausência de Bolsonaro na campanha é um reflexo da mudança no cenário político pós-2022, onde o ex-presidente, outrora uma figura central, agora é evitado por candidatos que buscam conquistar o eleitorado paulistano. Essa estratégia, embora arriscada, mostra a tentativa de Nunes de se distanciar de uma imagem que, neste momento, pode mais prejudicar do que ajudar. Assista: 

 

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