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Entrevistas

Lavareda diz que Bolsonaro não 'desaparecerá' com inelegibilidade: "próximo candidato da direita dependerá de Jair"

Cientista político afirma que antipetismo foi 'encapsulado' pelo bolsonarismo, que ainda representa um movimento muito grande, de cerca de 25% da população brasileira

Antonio Lavareda, Bolsonaro com Paulo Guedes e Lula (Foto: Divulgação | PR | Ricardo Stuckert)
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247 - O cientista político Antonio Lavareda analisou o possível cenário das eleições presidenciais de 2026 sem Jair Bolsonaro (PL), prestes a ser considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com o estudioso, o bolsonarismo ainda representa "um movimento muito grande" da política brasileira e seu peso eleitoral não poderá ser desconsiderado. 

"É óbvio que o Bolsonaro vai perder substância [se declarado inelegível], ocorre que perder substância não é a mesma coisa que desaparecer. A sociedade brasileira é invertebrada do ponto de vista político, porque quem daria ossatura, uma estrutura de estabilidade, são os partidos", introduziu Lavareda.

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O cientista político explicou que a falta de partidos relevantes na política nacional foi compensada por muito tempo por um fenômeno chamado 'identidade partidária negativa', representado pelo antipetismo: "as pessoas da direita ficavam procurando candidatos que fossem antagônicos ao PT; quanto mais contundentes, mais apoio teriam neste segmento. Isso foi encapsulado pelo bolsonarismo, que é hoje o movimento que substitui o 'partido da direita'. Esse partido tem cerca de 1/4 da sociedade, 25%, ele pode declinar, chegar a 20%, mas é um partido muito grande".

"Bolsonaro teve 37% dos votos no segundo turno. Ele teve esses 25% de eleitores mais duros, com valores próximos à direita - parte deles da extrema direita, como nós vimos, com as concentrações nas frentes dos quartéis e estradas - e mais uns 12% de pessoas mais liberais, hostis à esquerda, mas não autoritários radicais, etc. Mas isso aí nos permite entender o peso que o bolsonarismo terá nos próximos ciclos eleitorais. Eu tenho convicção de que o próximo candidato que vai ser hegemônico à direita será menos radical do que Bolsonaro, mas com certeza dependerá do apoio de Jair Bolsonaro", concluiu o cientista político. Assista ao trecho no vídeo abaixo:

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