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Entrevistas

Lula precisa mobilizar o povo para enfrentar um Congresso de direita, diz Valter Pomar

Segundo ele, o problema da relação com o parlamento não se limita a Arthur Lira

Valter Pomar e presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Brasil 247 | Ricardo Stuckert/PR)
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247 – No programa Contramola, da TV 247, o historiador Valter Pomar discutiu a conturbada relação entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pomar destacou que Lira, mesmo quando ocupava a presidência da Câmara durante o governo de Jair Bolsonaro, já demonstrava habilidade em representar os interesses do centrão, buscando incessantemente que o governo se submetesse aos esquemas da maioria parlamentar. Operando no sistema conhecido como "toma lá dá cá", Lira sempre buscou garantir apoio político em troca de favores e benefícios.

Com a eleição de Lula, Lira obteve mais apoio do que imaginava. Ele conseguiu o respaldo da bancada do PT para sua reeleição e, além disso, viu-se com a possibilidade de dar continuidade a práticas como o orçamento secreto, embora agora com uma nova roupagem e abordagem. Essa estratégia, segundo Pomar, visa instaurar no Brasil um sistema que não está previsto na Constituição, uma espécie de semi-presidencialismo ou semi-parlamentarismo. Trata-se de uma tática frequentemente adotada por políticos de direita quando um governo de esquerda assume o poder.

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No entanto, Pomar ressaltou que o problema não se limita a Arthur Lira. O Congresso Nacional é majoritariamente composto por políticos de direita, alinhados com o neoliberalismo e empenhados em domar o governo de Lula. Nessa queda de braço entre os chamados poderes, prevalece a influência da política neoliberal e mesmo que Lira seja removido de seu cargo, outro político semelhante surgirá para substituí-lo.

A questão que se coloca, então, é como lidar com essa maioria de direita e, no futuro, como eleger uma maioria de esquerda. Para Pomar, é necessário convocar mobilizações nas ruas e promover ações governamentais mais assertivas, principalmente no campo da comunicação. Ele defende uma dupla estratégia para alterar a correlação de forças no país: a mudança na legislação político-eleitoral e a busca por condições favoráveis para elaborar uma nova Constituição, uma vez que a atual, de 1988, está completamente desfigurada.

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Pomar reconhece que essa é uma situação de difícil solução, mas enfatiza a importância de disputar politicamente com diálogo junto à população. Ele argumenta que a disputa política atual está aquém do necessário e que é preciso buscar uma ampla articulação para promover as transformações desejadas. Assista:

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