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Entrevistas

Nádia Garcia, da Juventude do PT: "não estamos disputando uma eleição normal"

Nova secretária nacional fala sobre estratégias para campanha eleitoral e renovação geracional dentro do partido

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Opera Mundi - No programa SUB40 desta quinta-feira (21/04), o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, entrevistou a jornalista, especialista em marketing eleitoral e nova secretária nacional da Juventude do Partido dos Trabalhadores, eleita no final de 2021, Nádia Garcia.

Ela explicou como funciona a JPT. Trata-se de uma instância do partido, mas que conta com autonomia de opinião, de aplicação das políticas partidárias e de eleição de gestão. Além disso, também é constituída por tendências internas.

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Com relação a sua atuação pública, Garcia contou que a JPT se organiza pelos coletivos onde atua, principalmente, e disputa espaços como a direção nacional da UNE - às vezes com chapas unitárias e às vezes por tendências ou em parcerias com juventudes parceiras.

"Entendemos que a juventude do PT tem que ocupar os espaços, o movimento estudantil é um deles. E aprendemos com Lula que não se faz política sozinho, então também podemos transmitir o modo petista de se pensar a política junto com nossos parceiros", argumentou.

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Agora com a questão da federação entre PT, PCdoB e PV ganhando contornos mais claros, as parcerias devem se tornar ainda mais importantes. De acordo com a jornalista, os partidos terão a obrigação de instigar a participação das juventudes na federação.

O PT já conta com uma cota de 20% de jovens na direção petista da federação, "porque a juventude é prioritária para nós, respeitamos a ideia de troca geracional e renovação dos quadros". Ela revelou, aliás, que a própria Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, pediu que ela abrisse as portas do diálogo com a juventude dos demais partidos da federação.

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“A ideia é organizar os jovens para estar com Lula e os nossos representantes, tendo a certeza de que também é nossa tarefa defender o governo do presidente”, afirmou.

Período eleitoral

Pensando em um possível governo Lula, Garcia falou sobre as táticas da JPT para a campanha eleitoral que se aproxima. Segundo ela, os jovens irão às ruas e estão especialmente ansiosos, “porque a gente nunca teve a chance de fazer campanha para o Lula, para o presidente que é a nossa grande esperança”.

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Com uma estratégia focada no diálogo, a JPT quer conseguir falar sobre política com a juventude brasileira. “Crescemos ouvindo que Lula é ladrão, que a política é chata, agora temos que explicar por que a Lava-Jato foi uma farsa, por que queremos Lula presidente… a juventude quer entender tudo isso, quer entender por que Dilma sofreu um golpe, por que Lula foi preso, depois foi solto… A juventude tem muitas dúvidas e é trabalho da JPT respondê-las, para isso estaremos na rua”.

Para atingir esses jovens, o plano é ocupar os espaços que a juventude ocupa: universidades, escolas, bares e baladas, estimulando as pessoas a tirarem seus títulos de eleitor e votarem em Lula.

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“A gente tem o trabalho de buscar a juventude e mostrar que política não é só entregar um santinho e fazer um discurso chato e quadrado. A gente se diverte construindo política, criando um lugar de deliberação e debate. Queremos mostrar que a política também é espaço da juventude e que ela tem que participar porque pode ser ela a decidir o resultado das próximas eleições”, reforçou.

Garcia agregou que parte desse trabalho também será falar com jovens de esquerda, desiludidos, por exemplo, com a nomeação de Geraldo Alckmin para vice, fazendo-os entender “que não estamos disputando uma eleição normal”.

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“Nós do movimento estudantil temos um pé atrás. Não criamos uma amnésia seletiva a partir do momento que o PT decidiu que ele deveria ser o vice. Mas entendemos que o momento atual pede uma união entre aqueles que acreditam que a democracia é maior do que a vontade de alguns. Quando Aécio Neves perdeu as eleições de 2014, ele pediu recontagem de votos. Ninguém sabe o que vai acontecer se Lula ganhar. Não é uma disputa entre atores democráticos. Então uma eleição que não é comum pede alianças que não são comuns. Não sei se em outro momento o PT faria uma parceria com Alckmin”, ponderou.

Garcia ainda destacou a importância dos demais cargos que serão disputados no pleito de outubro, falou que serão lançadas candidaturas jovens e que a JPT está preparada para realizar esse embate e defender seus quadros dentro do partido, e apresentará um programa da juventude a Lula.

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