"Tarcísio está recriando o esquadrão da morte em São Paulo", diz Joaquim de Carvalho

247 - O jornalista Joaquim de Carvalho analisou a Operação Escudo, da Polícia Militar de São Paulo, em andamento no Guarujá e a comparou ao 'Esquadrão da Morte'. Já morreram 27 pessoas em decorrência da ação policial, que é preocupante, segundo Carvalho.

Em participação nesta terça-feira (5) no Bom dia 247, da TV 247, ele destacou a ação judicial apresentada pela Defensoria Pública de São Paulo e pela organização Conectas Direitos Humanos, a qual teve acesso. Carvalho informou que o documento faz a mesma comparação com o 'Esquadrão da Morte'.

Segundo o jornalista, o governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), "está recriando o Esquadrão da Morte em São Paulo. Se você olhar como surgiu o Esquadrão da Morte no Rio de Janeiro e como surgiu aqui em São Paulo, e não resolveu o problema do crime. E você gerou uma polícia que começa a matar indiscriminadamente. Começa a matar e chega na classe média. Começa a matar porque não tem mais limite. O que está acontecendo com essa Operação Escudo tem a mesma origem do Esquadrão da Morte”.

Ele enfatizou que o Estado não pode agir por vingança, destacando que a Operação Escudo nasceu a partir do assassinato criminoso do policial da Rota Patrick Reis. A ação da Defensoria inclusive ressalta que a Operação Escudo pode estar sendo motivada por vingança. "O Estado não pode agir por vingança. Quem faz isso é bandido. É isso que na ação eles estão lembrando, falam que está ocorrendo vingança porque mataram um policial, o Patrick Reis - quem matou tem que responder por isso”, pontuou.

O jornalista apontou o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública, Capitão Derrite, como responsáveis por não coibir essas ações truculentas da polícia. Ele enfatizou que, se essas autoridades não tomarem medidas para evitar excessos, São Paulo pode estar testemunhando a criação de um 'Esquadrão da Morte' no estado. “A polícia já queria criar o Esquadrão da Morte. Então a morte de um policial foi o pretexto para uma polícia matadora. E quando você tem um governador que não barra, que não contém, a origem vai ser o Esquadrão da Morte. Estamos assistindo em São Paulo à criação do Esquadrão da Morte. Não vai terminar bem”, finalizou.