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Entrevistas

Tereza Cruvinel sobre Kassio Nunes no STF: ‘é a indicação realizada da forma mais vulgar que eu já vi’

“É o Bolsonaro usando a vaga do Celso de Mello para fazer barganhas com a base parlamentar e tentar seduzir o Supremo”, afirmou à TV 247 a jornalista Tereza Cruvinel sobre a indicação do desembargador Kassio Nunes para o STF

Kassio Nunes e Tereza Cruvinel (Foto: Ramon Pereira/Ascom-TRF1 | Ascom)
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247 - A jornalista Tereza Cruvinel analisou na TV 247 a (então, mas confirmada em 02/10) possível indicação do desembargador Kassio Nunes para ocupar uma cadeira no STF após a aposentadoria do ministro Celso de Mello, que se dará no dia 13 de outubro.Diante dos rumores de que o nome de Kassio Nunes tem origem em uma articulação do Centrão junto a Jair Bolsonaro e de que o nome poderia ser usado para alavancar a popularidade no Nordeste, já que o jurista é nordestino, Tereza afirmou que considera fazer politicagem acerca de uma vaga no Supremo como um desrespeito à Corte.

“Eu nunca vi um ministro do Supremo ser indicado por esses critérios e por esses métodos. O que a Constituição diz é que o presidente deve escolher ministros do Supremo entre pessoas ‘de notório saber jurídico e reputação ilibada’. Agora, negociando com base parlamentar, fazendo de forma fisiológica e também fazendo política regional para agradar o Nordeste eu nunca vi. Acho estranhíssima essa forma de indicar, é quase falta de decoro isso, acho desrespeitoso à Suprema Corte você indicar desse jeito, porque vai agradar a base parlamentar”, falou.

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Sobre a ida de Bolsonaro, Nunes e Alcolumbre à casa do ministro do STF Gilmar Mendes, a jornalista também afirmou achar estranho tentar agradar o Supremo com uma indicação e falou que não acredita em um recuo do governo sobre o desembargador. “Também é estranho à prática de nomeação você agradar o Supremo, é outro fisiologismo. É o Bolsonaro usando a vaga do Celso de Mello para fazer barganhas com a base parlamentar e tentar seduzir o Supremo, ‘olha, eu indiquei alguém que agrada vocês’, fazendo política também com o Supremo. Na casa do Gilmar estiveram o Alcolumbre e o Dias Toffoli. Por que não o Fux? O Fux dizem que não gostou, queria alguém do STJ. Mas por que só esses três? O que o Alcolumbre estava fazendo junto? Isso é uma negociação muito vulgar. Mas eu acho que não tem jeito de recuar, por mais críticas que venham, depois de falar ‘é você’ e levar lá e apresentar para alguns ministros do Supremo. Acho difícil recuar. É a escolha realizada da forma mais vulgar que eu já vi”.

Inscreva-se na TV 247 e assista à análise de Tereza Cruvinel na íntegra:

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