Victor Costa: “A privatização da Eletrobras foi desastrosa para seus acionistas e para o país”

247 - O diretor da Associação dos Empregados de Furnas, Victor Costa, defendeu a reestatização da Eletrobras e denunciou o que chamou de "exacerbada" distribuição de dividendos na empresa em entrevista ao Giro das Onze, da TV 247.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) realizou ato no dia 15 de março, em frente ao Ministério de Minas e Energia (MME), para exigir a reestatização da Eletrobras e denunciar a continuidade da política bolsonarista dentro do órgão.

“Nosso posicionamento é pela reestatização da Eletrobras e contra essa espécie de privatização que está acontecendo no Ministério de Minas e Energia em pleno governo Lula. Temos a plena consciência de que estamos num governo amplo, de uma coligação ampla que foi a possível para tirar o bolsonarismo. O que não dá é para ter um governo progressista com o povo que construiu a agenda da boiada”, argumentou Victor.

Ele rebateu a argumentação da empresa sobre o prejuízo milionário da Eletrobras referente ao 4º trimestre de 2022. “Os trimestres da Eletrobras pós-privatização foram todos de prejuízo. Quando eles dizem que é por conta do Programa de demissão voluntária (PDV) é mera narrativa. Os PDVs existem para trazer economicidade para a empresa. Por que eles não falam que parte desse resultado é por conta de um reajuste salarial para diretores e conselheiros que chegou a 3750% que foi retroativo de dezembro a abril de 2022?”, indagou o líder sindical, rebatendo a afirmação da direção da empresa.

De acordo com Victor Costa, o resultado negativo da empresa pós-privatização é apenas um dos muitos elementos que corroboram para a visão de que a privatização da Eletrobras foi desastrosa para seus acionistas e para o país. 

O coletivo apoiou o lançamento no Congresso Nacional da Frente Parlamentar Mista Pela Reestatização da Eletrobras. O pedido de criação da frente foi de iniciativa dos deputados federais Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo Lula na Câmara, e Erika Kokay (PT-DF).

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