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BNDES anuncia retorno ao patrocínio esportivo com apoio robusto ao judô brasileiro

Patrocínio de quatro anos combina recursos incentivados e livres, e mira resultados no ciclo olímpico rumo a Los Angeles 2028

BNDES anuncia retorno ao patrocínio esportivo com apoio robusto ao judô brasileiro (Foto: André Telles/BNDES)

247 - O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oficializou, nesta sexta-feira (28), sua volta ao patrocínio esportivo ao se tornar o novo apoiador da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). A informação foi divulgada durante a abertura do Campeonato Brasileiro de Judô Sênior, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, e tem como base dados informados pela própria CBJ.

Segundo a confederação, o acordo prevê R$ 60 milhões distribuídos ao longo de quatro anos, combinando R$ 32 milhões via Lei de Incentivo ao Esporte e R$ 28 milhões de recursos diretos do banco. O objetivo é fortalecer o desenvolvimento da modalidade em todo o país, apoiar a formação de novos talentos e preparar atletas para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.

O anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ao lado do presidente da CBJ, Paulo Wanderley. Para Mercadante, o patrocínio representa um passo decisivo na estratégia de reaproximação do banco com o esporte nacional. “Nós vamos investir R$ 60 milhões no Judô nos próximos 4 anos. É para dar um salto e avançar, fazer atividades educacionais, formação, campeonatos. Vamos todos crescer juntos com o BNDES”, afirmou. Ele acrescentou que “quando o governo do presidente Lula investe no esporte, está investindo em saúde, em educação, em cidadania e em futuro”.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também celebrou a iniciativa, destacando o potencial social e histórico da modalidade no país. “O BNDES já é o campeão do desenvolvimento, financiando projetos e programas fundamentais para o futuro do país, como a Nova Indústria Brasil, e agora vai ser também o campeão dos tatames”, disse. Para ele, o apoio fortalece um esporte no qual o Brasil tem tradição e relevância internacional.

Projetos sociais e ampliação do acesso ao esporte

Além de impulsionar o alto rendimento, o patrocínio contempla programas sociais mantidos pela CBJ voltados a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Entre eles está o “Avança Judô”, que atua com núcleos de iniciação esportiva em diferentes regiões do país, oferecendo atividades educativas, reforço de vínculos comunitários e incentivo à permanência escolar.

A superintendente de Relacionamento, Marketing e Cultura do BNDES, Marina Moreira da Gama, ressaltou o impacto social da iniciativa. “O judô é um esporte inclusivo que acolhe meninas e meninos de todas as regiões, especialmente das periferias, e oferece disciplina, autoestima e oportunidades reais de desenvolvimento. O BNDES acredita no esporte como ferramenta de transformação social e o judô expressa exatamente esse potencial”, declarou.

Modalidade consolidada e vitrine internacional

Com mais de 2 milhões de praticantes e cerca de 48 milhões de simpatizantes no Brasil, o judô está entre as modalidades mais populares do país. Também é a que mais rendeu medalhas olímpicas ao Brasil: são 28 pódios em 12 edições dos Jogos.

A trajetória de destaque inclui conquistas de grandes nomes do esporte, como Beatriz Souza, campeã olímpica em Paris 2024; Rafaela Silva, ouro nos Jogos Rio 2016; e Ketleyn Quadros, primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica individual no feminino, com o bronze em Pequim 2008.

Para o presidente da CBJ, Paulo Wanderley, o novo patrocínio reforça a capacidade de crescimento do judô brasileiro. “É uma honra celebrar este momento ao lado do BNDES. O judô brasileiro vive uma fase de grande vitalidade e unidade”, disse. Ele afirmou ainda que “a parceria com o BNDES será fundamental para fortalecer o judô brasileiro, ampliando o alcance da prática esportiva em diversos níveis, financiando projetos de formação de atletas e, claro, a estrutura que sustenta o alto rendimento, visando o atual ciclo olímpico”.