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Esporte

Depois de repercussão mundial, presidente da La Liga volta atrás sobre racismo 'pontual' e pede desculpas a Vini Jr

"Sairei em defesa de Vini e de jogadores que estiverem na Espanha, ou de qualquer raça que enfrentem gritos racistas. Peço desculpas se interpretou mal o tweet", disse Javier Tebas

Vini Junior e Javier Tebas Medrano (Foto: Reuters)
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247 - Javier Tebas, o presidente da liga espanhola de futebol, a La Liga, mudou seu discurso em relação ao caso Vinícius Júnior após a repercussão mundial negativa de suas primeiras declarações.

Neste domingo (21), Vini foi alvo de racismo pela décima vez desde que começou a jogar pelo Real Madrid, em uma situação gritante envolvendo torcedores do Valencia no Estádio de Mestalla. Após desabafar no Twitter sobre a situação, afirmando que a La Liga acha o racismo normal e que o campeonato atualmente pertence aos racistas, o atleta brasileiro foi confrontado por Tebas, que disse que o jogador precisava "se informar melhor". A discussão se prolongou e o presidente da liga ainda chegou a afirmar que o racismo era "um caso extremamente pontual" no futebol espanhol, afirmando considerar "muito injusto" dizer que a Espanha e a La Liga são racistas.

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>>> Presidente da La Liga que confrontou Vini é apoiador do VOX, extrema-direita espanhola

As declarações do dirigente tiveram repercussão mundial, gerando uma onda de repúdio aos seus comentários e amplificando ainda mais o movimento em defesa de Vini. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, chegou a responder os tweets de Tebas da seguinte forma: "vai à m*rda, filho da... Quer culpar a vítima, imbecil?".

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Agora, em entrevista ao portal ge, o presidente da La Liga mudou seu discurso, dizendo que foi mal interpretado em suas colocações: "se houve esse inconveniente, se ele [Vinícius] também não o interpretou bem, mal, tenho que pedir desculpas, não tenho nenhum problema. O importante aqui não é o tuíte. Há insultos racistas determinados a insultar Vinicius? Sem dúvida. O presidente de La Liga está em conta de todos esse insultos. Os encontramos faz muitos anos. E farei agora o mesmo, em defesa de Vinicius e dos jogadores que estiverem na Espanha, ou de qualquer raça que enfrentem gritos racistas. Sempre foi a minha conduta, e sempre será essa. Não vou a mudar. E pedirei desculpas se interpretou mal o tweet. Não era a minha intenção".

Sobre sua declaração de que o racismo se tratava de um caso isolado no campeonato, Tebas tentou se explicar: "Quando dizem isolados, acho que também é um mal entendido. Vamos esclarecer. Todo fim de semana nós colocamos 500 mil pessoas nos estádios. Pode haver dois mil "sem cérebro" que façam algum grito homofóbico ou racista. Em comparação não são tantos. Mas não quero entrar na discussão se são poucos. Para nós dá no mesmo. Denunciamos um, dois, três ou quatro ou 100. Denunciamos e seguiremos denunciando. Sempre temos que estar em guarda contra isso. Nunca, é muito difícil levar o racismo a zero. O importante é acabar com os que há agora e seguir em guarda para que não sobre. Não são casos isolados".

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