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Romário presidirá comissão no Senado que regulará apostas esportivas

Senadores insistem na necessidade de um espaço para proporem iniciativas próprias sobre o tema, diante do escândalo de manipulação de apostas no futebol brasileiro

O senador Romário (PL-RJ) (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 -  A Comissão dos Esportes (CE), a ser instalada pelo Senado na próxima semana, será presidida pelo senador Romário (PL-RJ), ex-jogador de futebol e lenda da Seleção Brasileira e dos clubes por onde passou. A iniciativa irá tratar de propostas para regulamentar as apostas esportivas e coibir a manipulação de resultados, diante do escândalo mafioso que ameaça paralisar o Campeonato Brasileiro

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que editará uma medida provisória (MP) sobre o tema, mas os senadores insistem na necessidade de um espaço para proporem iniciativas próprias.

O colegiado, cuja criação foi definida em reunião dos líderes partidários nesta quinta-feira (11), visará convidar clubes, dirigentes, atletas e árbitros para discutir os recentes escândalos de participação de jogadores de futebol na manipulação de resultados, em benefício de máfias de apostadores, informa o jornal Valor Econômico

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"Na reunião de líderes todos nós concordamos em ter a comissão de esporte e ela já começar a investigação sobre manipulação de resultados no futebol", afirmou o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) ao jornal Folha de S. Paulo.

Segundo senadores que estiveram no encontro de líderes, a intenção é que a Comissão do Esporte trabalhe paralelamente e em sintonia com a CPI que deve ser aberta na Câmara dos Deputados para investigar o escândalo das apostas. A comissão deve começar na próxima terça-feira, tendo o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) como relator. 

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Nesta semana, investigação do Ministério Público de Goiás apontou ao menos 13 partidas com suspeita de manipulação: oito jogos seriam da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, além de um da Série B e quatro em estaduais neste ano.

Na Operação Penalidade Máxima, os jogadores acusados são: Eduardo Bauermann, do Santos; Gabriel Tota, do Ypiranga; Victor Ramos, da Chapecoense; Igor Cariús, do Sport; Paulo Miranda, do Náutico; Fernando Neto, do São Bernardo; e Matheus Gomes, do Sergipe.