10 anos atrás, lançamento do iPhone mudava o mundo
Há exatos 10 anos, o iPhone chegava às lojas e começava a mudar o mundo; depois dele, as pessoas passaram a ter a Internet no bolso, a usar a interface touchscreen em vez de botões e usar aplicativos para resolver as tarefas do dia a dia
Em 29 de junho de 2007, o iPhone chegava às lojas e mudava o mundo. Poucos meses antes, em 9 de janeiro, um executivo careca, óculos redondos e seus tradicionais tênis, jeans e gola rulê anunciava o lançamento do telefone da Apple. A plateia demorou alguns segundos a entender que o iPod com tela touch, telefone celular e o dispositivo para se comunicar pela Internet anunciado por Steve Jobs não eram três produtos, mas estavam reunidos no mesmo aparelho.
Assim como a plateia da MacWorld em São Francisco, a concorrência também demorou a entender o significado daquela apresentação de Jobs. O Phone foi um sucesso por fazer o que prometia fazer - e de uma maneira simples. Enquanto outros telefones tinham teclados físicos, a interface do iPhone tornava as tarefas muito mais intuitivas. Coisas hoje comuns, como fazer zoom numa foto usando apenas os dedos, os menus em scroll. A interface intuitiva foi um dos pontos fortes do iPhone e, em apenas dois meses, dois milhões de aparelhos já tinham sido vendidos.
O iPhone não apenas canibalizou o mercado de telefonia celular. Ele redefiniu o que seria o telefone celular dali para a frente. O impacto do iPhone foi simples; ele redefiniu como bilhões de pessoas se comunicam e colocou a Internet no bolso das pessoas. Tal influência na telefonia motivou a criação do Android e sua posterior compra pela Google - ironicamente, hoje o Android é o sistema operacional para celulares mais popular do mundo. Mas o sistema da Google jamais existiria senão como contraponto ao aparelho da empresa de Jobs.
Mais do que isso: já em 2008, ele criaria uma indústria responsável por movimentar bilhões de dólares desde então: aplicativos. Desde a criação da App Store, em 2008, desenvolvedores já geraram mais de US$ 70 bilhões em aplicativos. A vida sem aplicativos é, atualmente, impensável: usamos o telefone para pedir comida, táxi, procurar e alugar imóveis e uma série de outras tarefas que antes só eram feitas na frente do computador - ou mesmo offline.
Outro efeito do lançamento do iPhone foi gerar uma pilha de dinheiro para a empresa de Cupertino - fazendo com que ela se tornasse a empresa mais valiosa do mundo em 2013. E também a empresa com mais dinheiro em caixa. Na ocasião, a empresa valia o equivalente ao Produto Interno Bruto da Hungria - se fosse um país, a Apple seria o 54o país mais rico do mundo.
10 anos depois, a Apple estima ter vendido mais de um bilhão de iPhones. É como se um em cada oito habitantes da Terra tivesse, em algum momento da vida, segurado uma das geringonças da Apple. Depois dele, a Apple venderia algumas centenas de milhões de outros dispositivos que surfaram no sucesso do iPhone - iPads e Apple Watches. Mas nada se compara ao sucesso do telefone desenhado por Jonathan Ive e idealizado por Jobs.
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