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“A Caixa está pronta para liderar a baixa dos juros”

Ao 247, presidente Jorge Hereda afirma que CEF dar exemplo de estratgia sobre o mercado financeiro; a reduo nos nossos juros vai representar uma grande oportunidade de crescimento, aponta; vamos dobrar de tamanho at 2015 e ser um dos trs maiores bancos do Brasil dentro de dez anos

“A Caixa está pronta para liderar a baixa dos juros” (Foto: Divulgação)

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Marco Damiani e Leonardo Attuch _247 – Um dia depois de oferecer a poucos convidados uma típica moqueca baiana que ele mesmo preparou para o aniversário de seu filho, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, recebeu 247 na sede da instituição em São Paulo, na Avenida Paulista, para dar a sua receita para o crescimento do banco. Em alinhamento com o que planeja o governo federal, ela passa por uma forte redução das taxas de juros em produtos do dia a dia, como o cheque especial, e é acrescida por atendimento qualificado e a duplicação da rede de agências até 2015. “Queremos estar entre os três maiores bancos do Brasil até o início de 2020”, projeta Hereda. “A oportunidade que está se abrindo agora vai nos fazer crescer”.

Piloto de uma instituição que detém R$ 1 trilhão em ativos, 70% do crédito imobiliário do País e 12% do crédito total – contra apenas 2% cinco anos atrás --, o baiano Hereda coordenou a pacificação na diretoria dividida politicamente entre PT e PMDB e agora acelera no alcance de metas típicas de um banco privado, só que 100% público.

“Vamos inaugurar 500 novas agências até o final do ano e outras duas mil até 2015, dobrando o tamanho da nossa rede de agências”, aponta o presidente.

“HÁ ESPAÇO PARA A REDUÇÃO DO SPREAD” - Aguardado para acontecer a qualquer momento, o anúncio de um corte de juros pela Caixa, que deverá ser acompanhado por igual medida no Banco do Brasil, pode, efetivamente, turbinar a instituição. “Em 2008, no meu entender os bancos privados erraram no enfrentamento da crise, enquanto a Caixa ganhou muito ao acreditar no crescimento. A mesma situação está se repetindo agora”, compara Hereda. Estudos internos sobre o tamanho do corte a ser dado estão praticamente concluídos. “A Caixa está pronta para baixar os juros. Tudo está sendo precificado, tudo feito na ponta do lápis. A Caixa não pode operar com taxas negativas, mas há sim espaço para a redução do spread e dos juros cobrados”. Hereda garante estar seguro de que ser o primeiro a descer a ladeira das taxas trará vantagens permanentes. “No crédito imobiliário, por exemplo, um cliente permanece conosco por cerca de 15 anos”, lembra ele. “Juros baixos e bom atendimento deixam o cliente satisfeito”.

12 MIL CONTRATAÇÕES - Até o final do ano, 500 novas agências da Caixa serão abertas em todo o País. O plano é de mais dois mil endereços até 2015. Concursos prestes a serem abertos irão definir a contratação de 12 mil funcionários daqui a 2013. Numa convenção nacional em Brasília, no início deste mês, os gerentes da instituição voltaram para suas bases com a missão de ganhar terreno em todas as frentes. Neste momento, a Caixa, em parceria com a Caixa Seguros, da qual detém 48%, se prepara para lançar um plano de saúde que promete novidades em termos de custos e serviços. “Buscamos ter um portfolio completo para atender o cliente em todas suas necessidades”, diz Hereda. Adepto das decisões de comitê, o presidente não abre mão da última palavra em decisões estratégicas. “O primeiro estudo sobre onde ficarão as novas agências seguia muito o modelo dos outros bancos, quando o importante é estarmos perto do Brasil que está acontecendo”, corrigiu.

CORPORATE FORTALECIDO - O presidente da Caixa, quando pensa na ação de varejo da instituição, refuta a segmentação no atendimento. “Não estou convencido de que as agências primes sejam eficientes e representem um modelo que necessariamente dá certo”, alfineta Hereda na direção dos concorrentes privados que, sem exceção, aderiram à divisão de clientes por renda. “Há clientes que nem sequer entram numa agência, não é um espaço diferente que vai mudar isso. O importante é conhecer as características do cliente e dispensar a ele um tratamento adequado”, acrescenta. “Nas nossas agências, ninguém tem medo de entrar. Elas são abertas a todo cidadão”. Hereda assinala que a área Corporate da Caixa está em franca expansão, pela atração de clientes entre grandes empresas. “Ampliamos muito nosso atendimento à área comercial. Não enxergo a Caixa como um banco de elite, mas também não a vejo como um banco de atendimento limitado. Nós somos mais que um banco, até porque somos o principal agente das políticas públicas do governo”. Ele só vê benefícios na histórica identificação da Caixa com a população de menor renda. “Temos uma vocação e uma marca que nos orgulham”, sublinha. “E ainda tem que o mercado em que a gente atua é o que mais cresce”.

PANAMERICANO COMO MAIOR DOS MÉDIOS - A parceria com o BTG Pactual no Banco Panamericano, segundo Hereda, desperta expectativas positivas de resultado. "Em breve, ele será o maior banco médio do País", acredita. "E é complementar à Caixa. Eles nos posicionou em leasing e no mercado de financiamento de veículos, além de assumir, agora, uma estratégia diferenciada da nossa para o mercado de crédito imobiliário". A gestão do FGTS, sempre tema da pauta econômica, também tem deixado Hereda satisfeito. "Há uma responsabilidade e uma atenção do servidor da Caixa pelo FGTS toda especial", acentua. "Tudo ali obedece a regras e a Caixa, como operador financeiro do fundo, se responsabiliza por todo e qualquer investimento que não tiver o rendimento esperado".

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