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A dança dos contratos da Delta no Estado de Goiás

Promotor cobra governador Marconi Perillo (PSDB) por no ter feito como Paulo Garcia (PT), que suspendeu os contratos com a Delta em Goinia. Outro promotor investe contra empresa em Aparecida, do prefeito Maguito Vilela (PMDB). Em Anpolis e Catalo contratos continuam. Mas quem tem moral para cobrar o qu?

A dança dos contratos da Delta no Estado de Goiás (Foto: Divulgação)
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Goiás 247 – Difícil explicar, mas é isso. Aliás, há muita coisa difícil de ser explicada hoje em Goiás...

O promotor de justiça de Defesa do Patrimônio Público, Fernando Krebs, cobrou no meio da semana passada do governo do Estado, administrado pelo PSDB, a suspensão dos contratos com a Delta Construções – empresa apontada pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, como um dos braços empresariais do grupo liderado pelo contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira –, como fez no último dia 12 a prefeitura de Goiânia, administrada pelo PT. Outro promotor, Élvio Vicente da Silva, chegou a propor na sexta-feira, 4, o afastamento do prefeito de Aparecida de Goiânia, que é do PMDB, do cargo por contratação irregular de veículos usados na limpeza da cidade. A reação do peemedebista foi curiosa: em vez de se explicar, atacou o promotor (leia mais aqui).

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No caso de Goiânia, o autor da cobrança, Fernando Krebs, se explica: “O Ministério Público fez a recomendação, em razão da comprovação de atos inidôneos dessa empresa, mas infelizmente o governo do Estado de Goiás se recusou a acatar a recomendação. Entendeu que não haveria interesse público, e o município de Goiânia está dando exemplo de que há. 

Também na sexta, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, oficializando a suspensão junto ao órgão. Segundo Garcia, a prefeitura deve nos próximos dias contratar de forma emergencial empresas para substituir os trabalhos que estavam sendo executados pela Delta Construções. De acordo com denúncias que constam no inquérito da Operação Monte Carlo, a Delta teria usado empresas de fachada para fazer repasses de dinheiro que era utilizado para o pagamento de propina à agentes públicos do Estado.

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“Temos que evitar que o contribuinte tenha seu dinheiro repassado para uma empresa que tem servido a uma organização criminosa, a uma máfia, constatada aqui no Estado de Goiás”, disse Fernando Krebs. Para ele, são claros os indícios de que a empreiteira agia a favor dos interesses do grupo de Carlinhos Cachoeira. “O que não podemos permitir é que o dinheiro público seja carreado para uma organização criminosa, para o seu braço financeiro, para corromper autoridade e agentes públicos, e pagar salários milionário para advogados podem que inclusive estar fazendo lavagem de dinheiro e utilizando os recursos para corromper outros agentes públicos”.

Além da prefeitura de Goiânia e do governo do Estado (administrado pelo governador tucano Marconi Perillo), a Delta Construções mantém contratos com outras prefeituras, como Aparecida de Goiânia, Anápolis (administrada pelo PT, de Antônio Gomide) e Catalão (administrada pelo PMDB, de Velomar Rios). Anápolis e Catalão também não suspenderam contratos – disseram que vão averiguar. Registre-se: o Ministério Público goiano recomendou a suspensão dos contratos de todas as prefeituras do Estado com a Delta.

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Quanto a Krebs e Élvio, que podem ser cumprimentados pelo dever de casa feito, fica a questão: o que acham da suspeita sobre o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, de agir em favor do contraventor Cachoeira a pedido de seu irmão, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM)? Ainda: o que pensam do também promotor Umberto Machado fazer parte da equipe do governador tucano Marconi Perillo, que está no centro das denúncias envolvendo Cachoeira? Principalmente Krebs, zeloso, como convém a um bom promotor na Defesa do Patrimônio Público, sendo que Umberto saiu da coordenação do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público, onde deixou como “semente” – nas suas palavras –, vejam só, o Projeto Especial de Combate à Corrupção?

Alguém poderá dizer: uma coisa (a ação dos promotores) nada tem a ver com a outra (os atos de seu chefe e de seu colega). De fato. Mas ambas tem tudo a ver com Cachoeira. Ou melhor: com Goiás.

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