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      A eterna crise do EAS

      Por contrato, a empresa tem at 2016 para entregar os 22 petroleiros encomendados pela Transpetro, num pacote de aproximadamente R$ 7 bilhes. No entanto, apenas quatro navios esto em fase de construo. E, aps a sada da Samsung, as dificuldades do empreendimento, no que diz respeito ao cumprimento dos prazos, s parecem aumentar

      A eterna crise do EAS (Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem/AE)
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      Raphael Coutinho _PE247 – O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), localizado em Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, vem passando por dificuldades administrativas nos últimos dias. A razão seria a saída da Samsung, um dos sócios do empreendimento e o atraso para entrega de suas encomendas. Por contrato, a empresa tem até 2016 para entregar os 22 petroleiros encomendados pela Transpetro, num pacote de aproximadamente R$ 7 bilhões. No entanto, apenas quatro navios estão em fase de construção.A informação é do jornal Valor Econômico de hoje (26).

      Algumas empresas já estão em conversas para entrar no negócio. As mais avançadas seriam as japonesas Mitsui e Mitsubishi. Além delas, um estaleiro polonês e outro coreano também estão no páreo. De acordo com informações de bastidores, o novo sócio deverá ter 33% da fatia do EAS, enquanto a Samsung tinha apenas 6%.

      Na questão dos atrasos, o navio João Cândido, o primeiro de um lote de dez do tipo Suezmax, deveria ter sido entregue em setembro de 2010. O projeto, inclusive, foi inaugurado sem estar concluído pelo ex-presidente Lula. Informações extraoficiais apontam que ele deverá ser entregue no final de abril. Por este motivo, o valor deverá ficar 23% acima da média do contrato original.

      Além disso, outro problema gerado pelos atrasos é sobre o financiamento. A média inicial para construção de cada navio seria de 36 meses. Caso o prazo se estenda por 50 meses, por exemplo, o EAS pagará mais juros sobre o financiamento. Os recursos para a construção dos 22 navios veio do Fundo da Marinha Mercante, através do BNDES. Até então, cerca de R$ 3,3 bilhões são de compromissos assumidos pelo estaleiro junto ao banco.

      Através da assessoria de imprensa, o EAS informou que não se pronunciaria a respeito das informações divulgadas pelo jornal. Apenas relatou que o prazo para entrega é 2016 e que, por isso, ainda encontra-se dentro do cronograma.

       

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