"A louca das notas de pesar era a Ana, né?. Da Marta espero mais"
Afirmação é da jornalista da Folha Raquel Cozer (especialista em cobertura de literatura e mercado editorial) questionando o fato de o Ministério da Cultura se manifestar oficialmente pelo falecimento da mãe de Caetano Veloso e de Maria Bethânia, mas não ter emitido nota quando da perda do poeta e escritor alagoano Lêdo Ivo
Bahia 247
Nem todo mundo viu como positiva a grande mobilização de autoridades políticas e intelectuais sobre o falecimento da matriarca dos Veloso, Dona Canô, nesta terça-feira (25).
Em seu perfil no Twitter, a jornalista da Folha Raquel Cozer, especialista em cobertura de literatura e mercado editorial, questionou o fato de o Ministério da Cultura se manifestar oficialmente pelo falecimento da mãe de Caetano Veloso e de Maria Bethânia, mas não ter emitido nota quando da perda do poeta e escritor alagoano Lêdo Ivo.
"Ministério da Cultura solta nota de pesar por dona Canô, mãe, mas não por Lêdo Ivo, poeta", comentou Cozer. Um dos seus seguidores lhe apoiou no comentário e a jornalista respondeu em tréplica. "A louca das notas de pesar era a Ana, né. Da Marta espero mais (e por isso estranhei essa nota só pra mainha)".
A 'Ana' a quem Cozer se refere no tuíte é a ex-ministra da Cutlura Anda de Holanda e 'mainha' é a falecida Dona Canô.
Lêdo Ivo faleceu na madrugada do domingo (23), em Sevilha, na Espanha, vítima de infarto. Ele passou mal quando almoçava num restaurante.
Entre as obras de destaque do escritor alagoano estão 'As Imaginações', poesia, sua primeira obra, em 1944, e no ano seguinte publicou Ode e Elegia.
Dona Canô, "mãe", como disse a jornalista em seu questionamento, foi mais importante do que um poeta e escritor membro da Academia Brasileira de Letras?
Mas qual o motivo de Dona Canô ser tão prestigiada e ser considerada um símbolo por pessoas comuns e personalidades de todo o país?
Para a maioria dos que lhe prestigiam, a essência do que representou a baiana de Santo Amaro da Purificação, que 'produziu' dois dos grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB), é exatamente o fato de ela ser apenas uma cidadã, uma pessoa que pregou o bem sempre fez o bem ao próximo, uma pessoa que simboliza a simplicidade e que viveu 105 anos desta forma simples, na mesma cidade onde nasceu.
Dona Canô não precisa ser comparada com ninguém para ser homenageada ou não, porque ela simplesmente é Dona Canô, a mãe de Caetano e de Bethânia, a cidadã santoamarense que conquistou o carinho do Brasil, de políticos e de líderes religiosos das mais adversas orientações.
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