A polícia mineira apresenta suas armas
O que podemos tirar de proveito em uma situação dessa? Que realmente o povo, quando quer, pode e vai fazer a diferença, e que a polícia em qualquer parte do Brasil é apenas um cão-de-guarda do governo
Neste dia 17, ocorreu em Belo Horizonte uma das maiores manifestações de sua história, contra, primeiramente, o aumento das passagens de ônibus na capital mineira, mesmo com liminares inconstitucionais proibindo o ato.
Cerca de vinte mil pessoas aderiram ao movimento que começou parando a praça Sete de Setembro, no centro da capital. Ao longo do percurso,debaixo de um Sol que parecia consentir também com a manifestação, mais e mais pessoas aderiram , formou-se logo uma longa faixa na avenida Antônio Carlos, que ia em direção ao Mineirão, estádio que ia receber o jogo entre Taiti e Nigéria.
Durante a caminhada, o protesto foi extremamente pacífico, inclusive com um bom diálogo entre a PM e os manifestantes, nada de errado havia acontecido. Ao chegar na região da Pampulha, que abriga o estádio, a polícia interditou a via, daí surgiram os problemas.
Em uma atitude completamente precipitada, o excelentíssimo, o mais educado, o batalhão de choque da PM mineira (inclusive elogiado erroneamente por este que vos fala, achando ingenuamente que esta entidade não era simplesmente um cão do governo), jogou bombas de gás lacrimogêneo e disparou balas de borracha contra os manifestantes, que nada haviam feito, a não ser ocupar o espaço que a PM havia cedido instantes antes. Houve o recuo dos manifestantes, que persistiram até o final, quando a PM liberou a passagem na via. Eles devem ter percebido que nada poderiam fazer para dispersar o povo, não perceberam que eram vinte mil, e o motivo era ainda mais nobre.
Ao final, os manfestantes voltam ao centro de Belo Horizonte, após boas horas de caminhadas, e se juntam a uma outra manifestação que ocorria na mesma praça Sete de Setembro.
O que podemos tirar de proveito em uma situação dessa? Que realmente o povo, quando quer, pode e vai fazer a diferença, e que a polícia em qualquer parte do Brasil é apenas um cão-de-guarda do governo. As vezes penso que estes cães-de-guarda usados na metáfora são mais racionais do que a PM.
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