A rainha da Big Apple diz adeus

O mundo do atletismo perdeu uma de suas maiores estrelas na manhã desta terça-feira. A fundista Grete Waitz, campeã nove vezes da maratona de Nova York – uma das mais importantes da modalidade – e medalhista olímpica e mundial, perdeu a batalha contra um câncer, diagnosticado há seis anos. Um porta-voz de uma organização de luta contra o câncer confirmou a morte da atleta, de 57 anos, na madrugada desta terça-feira no hospital universitário Ullevaal, de Oslo, na Noruega.

Nascida Grete Andersen, a atleta assumiu o sobrenome Waiz de seu marido e começou a se destacar nas corridas de meio fundo (média distância) nos anos 1970, quando ganhou duas medalhas em Campeonatos Europeus, nos 1.500 e 3.000 metros. No final daquela década, decidiu passar a competir em longas distâncias, alcançando nove vitórias na maratona de Nova York entre 1978 e 1988, o que fez dela uma lenda nos Estados Unidos.

Vencedora de 33 campeonatos nacionais em várias categorias, Grete também se sagrou campeã duas vezes na Maratona de Londres, em 1983 e 1986, e campeã mundial em Helsinque, na Finlândia, em 1983. Além disso, foi vice-campeã olímpica em Los Angeles, em 1984, e quatro vezes recordista mundial da prova.

Em 1988 competiria novamente, nos Jogos de Seul, mas por conta de contusões no joelho, teve que abandonar a corrida. Após encerrar carreira no atletismo de alto nível, Grete se dedicava a promover corridas femininas em todo o mundo e participava de seminários esportivos e sobre saúde. Heroína nacional de seu país, a maratonista ganhou uma estátua na entrada do estádio de atletismo de Bislett, o mais famoso de Oslo.