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Ações da retomada

Analistas indicam papéis que podem se beneficiar dos investimentos em infraestrutura. Foco é em ações "cíclicas de melhor qualidade". Renda fixa também terá fundo vinculado a obras com isenção de Imposto de Renda

Ações da retomada (Foto: Shutterstock)
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Luciane Macedo _247 - O pacote do governo de investimentos em infraestrutura adiciona um ingrediente otimista, de melhora gradual, às baixas expectativas dos investidores brasileiros para o segundo semestre. O pessimismo ainda prevalente no mercado favorece uma aposta em contrário na Bolsa, avaliam analistas do Deutsche Bank.

Enquanto a incerteza ronda o setor de commodities -- com Petrobras perdendo popularidade e a Vale, por longo tempo favorita, também caindo na avaliação dos investidores --, o Deutsche ressalta a Gerdau na ponta oposta.

A Mills também desponta como favorita em outro setor que deixou de parecer favorável aos olhos dos investidores depois de um período altista, o de construção civil -- já totalmente descartado pelos investidores globais, assinala o Deutsche.

"Gerdau e Mills são apostas populares na infraestrutura do crescimento", dizem os analistas Frederick Searby e Francisco Schumacher. A Mills é favorita entre brasileiros e investidores internacionais, sendo uma das melhores apostas com o crescimento dos gastos em infraestrutura. A Gerdau é uma aposta consensual no mercado local.

Na percepção dos analistas do Deutsche, ambas podem se beneficiar indiretamente dos esforços do governo para cobrir os gargalos de infraestrutura. O Deutsche indica ainda Mahle Metal Leve, Randon, Iochpe e Embraer como potenciais beneficiárias do pacote de infraestrutura (veja abaixo).

Chamando-as de "ações cíclicas de melhor qualidade", Searby e Schumacher privilegiam estes papéis em detrimento do setor de construção civil em geral e de ações cíclicas de maior risco.

Renda Fixa

O mercado de renda fixa também deve ganhar, em breve, seu primeiro fundo vinculado a obras de infraestrutura. O FI Desenvolvimento Brasil I, da Caixa Econômica Federal (CEF), terá aportes mínimos de R$ 1.000,00 e isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoa física.

Inédito no mercado, o produto foi anunciado em junho e está sendo estruturado. O fundo se beneficia de uma medida provisória de 2010 que altera o IR sobre o rendimento de debêntures vinculadas a projetos de infraestrutura. Além de zerada a cobrança para pessoa física, a alíquota para pessoa jurídica caiu para 15%.

Embora os rendimentos devam superar os dos fundos DI e de renda fixa por causa do IR, a vantagem também implica em riscos maiores ao pequeno investidor. As obras como ampliação de estradas, por exemplo, podem atrasar ou sofrer embargo, apesar da "chancela" do governo.

A liquidez pode ser um problema, visto que não há mercado secundário para debêntures no Brasil. O objetivo da CEF, no entanto, é tornar o produto acessível e atraente ao pequeno investidor. À época do anúncio do fundo, a CEF disse que estava desenvolvendo uma maneira de dar liquidez às cotas.

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