Acusado de estuprar e matar criança é assassinado a tiros menos de 24 horas após deixar prisão em MT
João Ferreira da Silva era condenado pela morte de Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos
247 - Menos de um dia depois de deixar a Penitenciária Osvaldo Ferreira Leite, em Sinop (MT), João Ferreira da Silva, de 46 anos, foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira (10). Ele havia sido solto após a Justiça expedir um alvará de soltura. As informações são do g1. Segundo o portal, o crime ocorreu em frente a uma pousada da cidade, a 503 km de Cuiabá.
Nas imagens, dois homens se aproximam de João, um deles o empurra e dispara diversas vezes, enquanto o comparsa dá cobertura. A vítima cai na calçada, e os suspeitos deixam o local logo em seguida.
Equipes da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas e isolaram a área. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop informou que a investigação busca identificar os autores, entender a motivação e apurar se a execução tem relação direta com a saída recente de João da prisão.Condenação pela morte do menino Bruno
João Ferreira da Silva era condenado pela morte de Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos, crime que chocou Sinop em 2005. De acordo com a investigação da época, o pedreiro atraiu o menino para uma casa em construção em 28 de outubro daquele ano. Em depoimento inicial, ele confessou ter agredido, estuprado e matado Bruno, além de enterrar o corpo próximo ao local.
O desaparecimento do menino havia sido comunicado pela família logo após perceberem que ele não retornou para casa, mobilizando buscas pela cidade. Dez dias depois, João foi preso ao tentar atacar outra criança. Na obra onde trabalhava, policiais encontraram indícios que o ligavam ao caso, incluindo bolinhas de gude que pertenciam a Bruno.
A confissão de João levou os investigadores ao local onde o corpo estava enterrado. O processo reuniu laudo de necropsia, mapa de lesões, análises periciais da cena e confirmação da ocultação do cadáver. Anos depois, já em juízo, ele tentou amenizar a responsabilidade dizendo que “não se recordava se foi ou não o autor dos fatos”.
