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      Adalclever Lopes ao 247: 'Brasília está precisando de mais mineiridade'

      Deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (PMDB) abordou, em entrevista ao 247, a atual situação política e econômica de Minas e do Brasil, destacou que "há conversa" entre governo e oposição no Estado e defendeu que o governo federal necessita de mais debates democráticos para vencer o atual momento; para ele, os 100 primeiros dias do governo estadual, do petista Fernando Pimentel, "foram excepcionais"; "Difíceis, mas caminhando bem. Se há algum desentendimento institucional está em Brasília, em Minas não", afirmou o parlamentar

      Adalclever Lopes (presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais - PMDB/MG) (Foto: Luis Mauro Queiroz)
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      Por Luis Mauro Queiroz, do Minas 247 - O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (PMDB), garantiu que a atmosfera política no estado é de diálogo e democracia. Otimista, o parlamentar afirmou, em entrevista ao Minas 247, que já houve grandes avanços e ganhos nos primeiros seis meses de governo no estado, mas ainda há muito por vir. “Acho que os 100 primeiros dias foram excepcionais - difíceis, mas caminhando bem. Se há algum desentendimento institucional está em Brasília, em Minas não. Somos todos independentes, mas harmônicos, conforme manda a Constituição. O governo do estado e a Assembleia trabalham em harmonia”.

      Considerado pelos colegas como um grande presidente da Casa, Adalclever não chama a atenção para si e afirma que o segredo é distribuir as funções entre si e seus colegas. “Tenho tentado administrar a casa coletivamente – nós criamos o colégio de presidentes, tudo está sendo discutido com a mesa diretora, com as comissões – estamos deliberando tudo, aqui não existe nenhuma decisão do presidente, mas sim da Assembleia Legislativa”.

      Sobre CPI’s que podem investigar o antigo governo, o deputado afirmou que é mais importante seguir em frente e tentar enfrentar a crise econômica que Minas e o Brasil enfrentam no momento. “Acho que o momento não é de olhar pra trás, necessitamos de unidade para vencermos a crise juntos. Todos os presidentes passaram por problemas na economia, como Figueiredo, Fernando Henrique, Itamar e o próprio Lula, que passou por momentos difíceis e conseguiu superá-los”, avaliou o deputado.

      247 - Qual é a sua avaliação dos 100 primeiros dias do novo governo de Minas?

      Positiva. Primeiro conseguimos eleger uma mesa por unanimidade. Formamos em tempo recorde o que geralmente é formado em Abril, que são as comissões permanentes, logo  após as eleições. Aprovamos o orçamento do estado e uma reforma administrativa, que é muito complexa, com unanimidade.  Foi aprovado nesta quarta o projeto dos professores, então acho que hoje especialmente é um dia de festa para a educação em Minas, para os pais dos alunos, que tem garantia de que seus filhos não ficarão sem aulas e para os educadores pela conquista histórica.

      Então acho que os 100 primeiros dias foram excepcionais - difíceis, mas caminhando bem. Se há algum desentendimento institucional está em Brasília, em Minas não. Somos todos independentes mas harmônicos, conforme manda a constituição. O governo do estado e a Assembleia trabalham em harmonia.

      247 – O deputado Durval Ângelo avaliou seu desempenho como presidente da casa como “brilhante”. Essa também é sua avaliação de seu trabalho?

      Primeiro tenho que avaliar isso com muita humildade. Tenho tentado administrar a casa coletivamente – nós criamos o colégio de presidentes, tudo está sendo discutido com a mesa diretora, com as comissões – estamos deliberando tudo, aqui não existe nenhuma decisão do presidente, mas sim da Assembleia Legislativa. Nós acabamos com o culto ao presidente, pois aqui tudo era “o presidente”, mas com decisões coletivas e democráticas que ajudam a aliviar o peso dessa missão, que é árdua.

      247 – Como está sua relação com o governador Pimentel?

      Excepcional. Tenho uma relação de respeito e amizade. Acho que o governador tem uma preocupação de Minas mudar seu foco com a economia:  nós vivíamos de mineração e de commodities. Temos que mudar a forma de receber novos investimentos. Recebemos o embaixador da Suíça, vão fazer um grande investimento no aeroporto de Confins, em um terminal internacional de carga em Pouso Alegre – assuntos que o governador, que já foi secretário de Indústria e Comércio, conhece bem. O que Pimentel tem tentado é mudar a forma de investimento.

      Existe uma preocupação da Assembleia de se fazer uma discussão sobre economia de Minas, que passa por um mau momento, mas com uma grande luz no fim do túnel. Passamos por uma crise, mas com grande unidade dos três poderes estaduais.

      247 – Há espaço para implantação de CPI’s que investiguem os últimos governos?

      CPI é algo democrático, do parlamento. Se houverem assinaturas, devem ser instaladas, isso não é o presidente que resolve, são os membros do parlamento que definem.  Mas acho que o momento não é de olhar pra trás, necessitamos de unidade para vencermos a crise juntos. Todos os presidentes passaram por problemas na economia, como Figueiredo, Fernando Henrique, Itamar e o próprio Lula, que passou por momentos difíceis e conseguiu superá-las. 

      247 - A ALMG deveria investigar Furnas?

      Isso não depende de nós. Depende da maioria dos parlamentares - se houver o número, minha obrigação é ler e fazer a apuração, mas quem de fato investiga é a Polícia Federal e o Ministério Público. Se aqui houver uma CPI, faremos o que determina a lei.

      247 – O que diferencia essa nova legislatura dos últimos 12 anos?

      Acho que vai ser um governo que ouvirá a população e os servidores, pois vai diretamente a cada segmento. Hoje nós vivemos um momento histórico que foi a aprovação dos servidores da educação, que logo após a reunião entraram no plenário para abraçar os deputados, em agradecimento a um projeto que historicamente eles esperavam.

      247 – Minas pode dar um exemplo de diálogo para o parlamento federal?

      Brasília está precisando de mais “mineiridade”. Nós somos de um estado diferente pois  fazemos divisa com a Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo, causando uma imensa diversidade cultural, logo é um estado que dialoga naturalmente. Então acho que o que falta na política federal é dialogo, aqui a oposição e situação tem opiniões diferentes, mas há conversa.

      247 – Qual é a influência do presidente da Assembleia nestes diálogos entre situação e oposição?

      Na minha sala nunca fiquei sozinho, sempre estou na presença de muitos deputados, reforçando o diálogo.  O que o presidente da Assembleia tem que fazer é dar o exemplo do diálogo, e Minas tem feito isso através de seus partidos,  de seus membros – a Assembleia nunca esteve tão viva e dialogando tanto. 

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