Adílson Batista pode voltar ao Cruzeiro, mas sem Roger

Minas 247 - Misério, mas nem tanto. A diretoria do Cruzeiro ainda não bateu o martelo sobre o nome que substituirá Vágner Mancini, que deixou o clube na quarta-feira à noite, minutos depois da partida em que o time mineiro foi derrotado pelo Atlético Paranaense e foi eliminado precocemente da Copa do Brasil.

Não bateu o martelo, mas deixou claras suas preferências. A prioridade é o retorno do treinador Adílson Batista, atualmente no Atlético Goianiense e que foi técnico do Cruzeiro em 2008, 2009 e 2010. Durante sua passagem por Minas, Adílson teve relativo sucesso. Venceu a maioria dos clássicos contra o Atlético Mineiro, dois deles de goleada (5 a 1). Foi vice-campeão da Libertadores e chegou sempre ao grupo dos melhores do Brasileiro, o que levou a Raposa para a Copa Libertadores.

Mas também colecionou polêmicas. A maior delas foi com parte da imprensa, que, na sua avaliação, jogou contra seu trabalho e influenciou a torcida. A rádio Itatiaia, a de maior audiência no estado, foi a mais criticada pelo treinador, ainda que não explicitamente.

Outros desafetos estão em campo até hoje com a camisa azul. E são o problema para trazer Adílson de volta - hoje, parte dos torcedores que o criticavam defendem seu retorno. O treinador até topa dirigir a equipe, mas aponta como maior obstáculo a permanência do meia Roger e do atacante Wellington Paulista. Também pesa contra o time montado para este ano, considerado fraco por Adílson.

Para não ficar na mão, a diretoria do Cruzeiro negocia paralelamente com o argentino Jorge Sampaoli, atualmente na Universidad do Chile. Conta a favor o seu salário, considerado baixo para os padrões brasileiros - e as finanças do Cruzeiro não andam bem das pernas. O vice-presidente José Maria Fialho está com as malas prontas para viajar ao Chile para negociar com Sampaoli pessoalmente.